Valdir Aguilera
 Físico e pesquisador

 

 

Almanaque - Edição 29 - maio 2010

Problemas de lógica

Perguntei ao Benedito se ele queria trabalhar.

— Por que devo trabalhar?
— Para ganhar dinheiro.
— Para que serve ganhar dinheiro?
— Para guardá-lo.
— E para que guardar dinheiro?
— Quando você ficar velho, pode descansar.
— Por que trabalhar para descansar se já posso descansar agora mesmo?
Não consegui convencê-lo, mas consegui que ele tentasse trabalhar 30 dias ganhando R$40,00 por dia. Um bom salário, mas ele me devolveria R$50,00 cada dia que vagabundasse.

No fim do mês, nem eu nem ele devia nada um ao outro. Quantos dias Benedito trabalhou e quantos vadiou?

Resposta na próxima edição.

Resposta da edição anterior:

Vejamos como Beremis resolveu o problema.

Após meditar alguns minutos, Beremis aproximou-se do trono e declarou:

— Comendador dos Crentes! A primeira escrava (à direita) tem os olhos pretos; a segunda tem olhos azuis; a terceira tem olhos pretos e as duas últimas têm olhos azuis!

Erguidos os véus e retirados os pesados "haics", verificou-se que os olhos das jovens eram exatamente como Beremis havia dito.

— Pelas barbas de Maomé! exclamou o rei. Como chegaste a essa solução?
— Ao formular a primeira pergunta "Qual é a cor dos teus olhos?" eu sabia que a resposta da escrava seria fatalmente a seguinte: "Os meus olhos são pretos!". Com efeito, se ela tivesse os olhos pretos diria a verdade, isto é, afirmaria "Os meus olhos são pretos!". Tivesse ela os olhos azuis, mentiria e, assim, ao responder diria também "Os meus olhos são pretos!".
— Feita portanto, a pergunta esperei pela resposta que, previamente, conhecia. Alegando não ter entendido a resposta da primeira escrava, perguntei à segunda:
— Qual foi a resposta que a sua companheira acabou de proferir?
— As palavras dela foram "Os meus olhos são azuis" – respondeu.
— Tal resposta demonstrou que a segunda mentiu, portanto tinha olhos azuis.

Beremis tinha apenas mais uma pergunta para descobrir a cor dos olhos das quatro escravas restantes. Vejamos como procedeu.

Dirigiu-se à escrava que se achava no centro da fila e perguntou:

— De que cor são os olhos das duas jovens que acabei de interrogar?

E obteve a seguinte resposta:

— A primeira tem olhos pretos e a segunda tem olhos azuis!

Continuou Beremis:

— Ora, em relação à segunda eu não tinha dúvida (conforme já expliquei). Que conclusão pude tirar da terceira resposta? Muito simples. A terceira escrava não mentira, pois confirmara que a segunda tinha os olhos azuis. Se a terceira não mentira, os seus olhos eram pretos. Foi fácil concluir que as duas últimas, por exclusão, tinham os olhos azuis.

Melhore seu vocabulário em inglês

O texto a seguir foi composto com base nas 500 palavras mais usadas em inglês. Aproveite para rever seu vocabulário. Coloque o mouse sobre as palavras em vermelho para ver a tradução.

The Shopkeeper's journey

There was once a shopkeeper who often said to his friends, "If I want anything, I can always get it". One night he had to go to another town to buy some things for his shop. When he went into the station, he had to wait some time for his train. He found a room with some chairs in it, but it was full of people. Every chair had someone on it, but the shopkeeper did not want to stand up. He saw a bag near one of the men who was sitting down. He could see the name of a town on the bag. The town was Fretton. The man was going to Fretton.
— The Fretton train has just come into the station, – said the shopkeeper.

If I want anything, I can always get it.
— No, it hasn't, – said the man. – It always comes in just outside this door. Look! There's no train there at all.
— Not today, – said the shopkeeper –, that train has come in at the other side of the station.

The man jumped up, took his bag, and ran out of the room. The shopkeeper then sat down on the chair.

The man came back later, because the Fretton train was not at the station. He was very angry. But the shopkeeper was not in the room. He was going, with a lot of other people, to his train.

The train was very full. The shopkeeper wanted to sit down, but he was again unable to find a place. He stood up for some time. Then he put his hand to his head and began to look very unhappy.

— Are you ill ? – said a man who was sitting down.
— Just a little, – said the shopkeeper quietly.

The man stood up.

— Take my place, he said kindly.

The shopkeeper sat down.

— You're very good, he said. – Thank you very much.

He sat with his head back, and his eyes were shut. But he was not ill at all.

The man who gave him his place was tired, but he stood up all the way to the end of the journey.

At the station the shopkeeper thanked the man again and went out to find a taxi.

Outside the station there was only one taxi, and a man was just getting in. The shopkeeper did not want to walk to a hotel. So he went to the man and said,

— May I come with you?

(Continua e termina na próxima edição.)

As 1001 noites - Ali Babá e os 40 ladrões



Numa cidade da Pérsia [hoje Irã] viviam os irmãos Cássim e Ali Babá. Cássim era um dos mercadores mais ricos da cidade, mas Ali Babá vivia na miséria e tinha de cortar lenha numa floresta para sustentar a família.

Um dia Ali Babá estava cortando lenha quando viu se aproximar uma nuvem de poeira. "— Que será isso?" — pensou. Percebeu que se tratava de homens a cavalo que vinham em sua direção e, temendo que fossem bandidos, subiu numa árvore, junto a uma grande rocha, e se escondeu em meio à folhagem.

Do alto podia ver tudo sem ser visto. Então chegaram àquele lugar quarenta homens muito fortes e bem armados, com caras de poucos amigos. Ali concluiu que eram quarenta ladrões.

Os homens desapearam dos cavalos e puseram no chão sacos pesados que continham ouro e prata. O mais forte dos ladrões, que era o chefe, aproximou-se da rocha e disse:

— Abre-te, Sésamo!

Para ler o texto completo, clique AQUI.

Efemérides

01 maio 1829: José de Alencar
Romancista brasileiro nascido em Mecejana, CE. Foi um dos fundadores do romance brasileiro. Entre suas obras mais famosas, encontram-se O guarani e Iracema. Juntamente com Ubirajara formam a trilogia indianista do autor. Como curiosidade, mencionamos que ele era apreciador de palavras cruzadas e quebra-cabeças e cunhou o nome Iracema fazendo um anagrama com a palavra América. Sua obra Iracema está disponível na Biblioteca deste site. Faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de dezembro de 1877.

10 maio 1746: Gaspard Monge
Matemático e acadêmico francês, conde de Péluse, nascido em Beaune. Foi um dos fundadores da famosa e tradicional École Polytechnique, de Paris. Inventor da Geometria Descritiva. Fez parte da comissão de cientistas que acompanhou Napoleão ao Egito. Fez contribuições importantes à Teoria das Equações Diferenciais Parciais. Faleceu em Paris, em 28 de julho de 1818.

11 maio 1918: Richard P. Feynman
Nasceu em Nova York. Certamente o mais notável físico norte-americano de toda a história, foi um dos pioneiros da eletrodinâmica quântica. Ganhou o Prêmio Nobel de Física de 1965. Faleceu em Los Angeles, em 15 de fevereiro de 1988.

15 maio 1859: Pierre Curie
Físico francês nascido em Paris. Notabilizou-se por seus trabalhos em cristalografia, radioatividade, pizoeletricidade e magnetismo. Juntamente com sua mulher, Marie (Madame) Curie, ganhou o prêmio Nobel de Física de 1903. Faleceu em Paris, em 19 de abril de 1906.

18 maio 1883: Eurico Gaspar Dutra
Marechal do exército brasileiro, nascido em Cuiabá. Foi Presidente da República de 31 de janeiro de 1946 a 31 de janeiro de 1951. Durante seu governo, foi redigida uma nova constituição, foi abolido o jogo no país, foi inaugurada a Companhia Siderúrgica de Volta Redonda, cancelou-se o registro do partido comunista, romperam-se as relações diplomáticas com a Rússia, encampou-se a Estrada de Ferro Leopoldina. Após o seu mandato, recolheu-se à vida privada. Faleceu no Rio de Janeiro, em 11 de junho de 1974.

21 maio 1921: Andrei Dimitrievich Sakharov
Físico soviético nascido em Moscou. Desempenhou papel fundamental no desenvolvimento da primeira bomba de hidrogênio soviética. Mais tarde, pregou o desarmamento nuclear internacional. Tornou-se o líder dos dissidentes soviéticos. Em 1975, foi agraciado com o Prêmio Nobel da Paz. Faleceu em Moscou, em 14 de dezembro de 1989.


 

Desta edição para o Almanaque

Copyright©2008 valdiraguilera.net. All Rights Reserved