Valdir Aguilera
 Físico e pesquisador

 

 

Almanaque - Edição 32 - agosto de 2010

Humor


Tempos modernos



Passatempo: o problema dos cinco discos
Muitos e muitos anos atrás, em um país árabe, havia três príncipes que pretendiam a mão da princesa Dahizé, filha única do rei. O rei determinou que seria escolhido aquele que passasse pelo teste dos cinco discos.

Os pretendentes foram levados ao palácio e lhe apresentaram cinco discos rigorosamente iguais, exceto que três eram vermelhos e dois azuis. Em seguida os príncipes foram vendados de forma a não poderem perceber nem mesmo a claridade do ambiente.


Princesa Dahizé


Ao acaso foram tomados três dos cinco discos e colocados nas costas de cada pretendente.

— Cada um de vós tem preso às costas um disco cuja cor ignora! Sereis interrogado um a um. Aquele que descobrir a cor do disco que está em suas costas será declarado vencedor e receberá a mão da princesa. O primeiro a ser interrogado poderá ver o disco dos outros dois concorrentes; ao segundo será permitido ver o disco do último. E, este, terá de formular a sua resposta sem ver coisa alguma! Aquele que der a resposta deverá justificá-la por meio de um raciocínio rigoroso, para provar que sua escolha não foi ao acaso. Qual de vós deseja ser o primeiro?

— Quero ser o primeiro, disse o príncipe Camozan.
A venda foi retirada de seus olhos e ele pode ver a cor dos discos dos outros dois. Interrogado, em segredo, não foi feliz na resposta. Declarado vencido. retirou-se do salão.

— O jovem Camozam acaba de fracassar, disse o rei.
— Quero ser o segundo, disse o príncipe Benefir.
Retirada a venda dos seus olhos, pode ver a cor do disco do seu único competidor e, em segredo, deu sua resposta. Também errou e retirou-se do salão.
— O jovem Benefir acaba de fracassar, disse o rei.

O príncipe Aradin, último que restou, ainda com os olhos vendados declarou em voz alta a cor exata do seu disco.

Qual foi a explicação dada por Aradin?

Resposta na próxima edição.

Resposta da edição anterior:

Separe as 24 bolas em três conjuntos de 8 bolas cada. Coloque um conjunto num dos pratos da balança, outro no outro prato e separe o terceiro. Se um prato acusar menos peso do que outro, separe as 8 bolas correspondentes e esqueça todas as outras 16. Se a balança não acusar diferença de peso, então a bola mais leve estará entre as 8 que ficaram separadas. Desta forma, com a primeira pesada teremos determinado em qual conjunto de 8 bolas está a mais leve.

Tome essas 8 bolas e coloque três em cada prato e deixe as duas restantes separadas. Nessa segunda pesada a balança pode se equilibrar ou não. Se se equilibrar, a bola mais leve será uma das duas que ficaram separadas. Numa terceira pesada coloca-se cada uma das duas bolas que ficaram separadas num dos pratos e teremos identificado qual a mais leve.

Se os pratos não se equilibraram na segunda pesagem, tomamos o conjunto de três bolas do prato que acusou menos peso e colocamos uma bola em cada prato, separando a terceira. Se os pratos não se equlibrarem ficaremos sabendo qual a mais leve. Se se equilibrarem, a mais leve será a que foi separada.

Para pensar: Leis e fatos desconcertantes

Os textos apresentados nesta seção foram retirados de obras do disponíveis gratuitamente na seção "Biblioteca" do site http://racionalismocristao.org

Com a construção de instrumentos cada vez mais precisos e potentes, os pesquisadores passaram a se defrontar, com frequência, principalmente no estudo do microcosmo, com leis e fatos desconcertantes que contribuíram para desmontar a concepção mecanicista do Universo que imperava até pouco tempo.

Hoje, por exemplo, há uma noção científica assente de que, na análise dos fenômenos, o observador é visto como um participante cuja presença influencia o que está sendo observado. O mundo objetivo do tempo e do espaço cedeu terreno às determinações probabilísticas.

Racionalismo Cristão, 44a ed., p. 10. 2010

Melhore seu vocabulário em inglês

O texto a seguir foi composto com base nas 500 palavras mais usadas em inglês. Aproveite para rever seu vocabulário. Coloque o mouse sobre as palavras em vermelho para ver a tradução.

He laughs longest who laughs last

(Conclusão)

Ten days later Kendal was sitting in his own room at the bank when a policeman came in.

"Good morning, Mr. Kendal, sir," said the policeman. He had a big, red face, and Kendal often saw him in the town.
"Good morning," said Kendal. "There's a chair. What can I do for you?"
"I've come to talk to you about something, sir."
"And what is that? " asked Kendal.

The policeman gave him a one pound note. " Will you look at that, sir?" he asked.

Kendal put the note on his table and looked at it. Then he put it up to the light of the window and looked through it.

"This note's bad," he said.
"We thought so," said the policeman.
"Yes, it's bad. Where did you get it? Are there some more bad notes in the town?"
"Yes, I'll tell you about them," said the policeman. "Some shopkeepers brought us some notes like this. They were all bad. Have you seen any bad notes at the bank?"
"No. I don't know of any."
"That's a good thing. Someone in the town was buying things at the shops with bad money. We started to look for the man. It happened just lately. We never had any before."
"Have you caught the man?" asked Kendal.
"Yes."
"Who is he?"
"Alan Carroll," said the policeman.

Kendal thought hard, but his face showed nothing. " Was he making bad money?" he asked.

"We don't think so, but we don't know. We went to his house, but he wasn't making bad notes in his house."
"Where did he get them? Do you know?"
"No. We asked him, but he didn't tell us."
Kendal sat back in his chair. " What will happen to him now?" he said.
"Oh, we shall . . . er . . . take him away."
"Will he be . . . er . . . away a long time?"
"Yes, I think so," said the policeman. "We shall not see him in the town for some years. He may be away five years, or even longer. But I mustn't trouble you any more, sir." The policeman stood up. "You have a lot of work, sir, and I mustn't take your time. I've told you about the notes, and now you can look for them at the bank. Some of them may come to the bank."

Kendal went to the door with him. "What is the man's name?" he asked.

"Alan Brian Carroll."
"Oh, yes, I see. Alan Brian Carroll. A.B.C." Kendal laughed.
"Yes," said the policeman. "A.B.C. I've laughed too. I didn't think of that. A.B.C.!" He laughed again and walked away.

Kendal went back to his chair.

He sat down and laughed. "Five years or even longer," he thought. "I did very well when I kept some of my father's bad old notes and gave them to A. B. C."

As 1001 noites - Mais aventuras de Simbad, o marujo

"Depois de minha primeira viagem, eu tinha decidido passar o resto de meus anos tranqüilamente em Bagdá, mas um dia comecei a me aborrecer com aquela vida monótona e de novo tive vontade de navegar. Comprei mercadorias para vender ou trocar e parti com outros mercadores. Embarcamos num bom navio, pedimos a proteção de Deus e soltamos as velas.

Fomos de ilha em ilha, fazendo negócios muito vantajosos. Um dia paramos numa pequena ilha. Enquanto meus companheiros colhiam flores e frutas, sentei-me perto de um riacho, tomei a minha refeição e depois adormeci. Quando acordei, vi que nosso navio tinha partido, deixando-me sozinho naquele lugar desconhecido! Achei que ia morrer de dor e desespero, arrependendo-me amargamente de não ter me contentado com minha primeira viagem. Finalmente, aceitei, conformado, a vontade de Deus e subi numa grande árvore para ver se avistava alguma coisa que pudesse me trazer esperança de salvação.

Lançando a vista ao mar, meus olhos só viram água e céu. Mas de repente enxerguei uma coisa branca em terra e decidi ir até ela. Desci da árvore e caminhei em direção àquilo. Ao chegar a certa distância, pude observar que se tratava de um globo cuja altura e diâmetro eram espantosos. Procurei uma abertura para poder entrar ali, mas não havia nenhuma. Pensei em subir naquele globo, mas era liso demais.

O sol já ia se pondo no horizonte, quando de repente escureceu de uma vez, como se uma nuvem gigantesca cobrisse sua luz. Fiquei mais espantado ainda quando descobri a causa daquela escuridão repentina: um pássaro enorme, que voava na minha direção! Lembrei que os marinheiros costumavam falar de uma ave assim, chamada rukh. Então compreendi que o globo branco era o ovo daquele pássaro.

O rukh pousou sobre o ovo, para chocá-lo. Eu, que estava bem perto, vi que sua pata era do tamanho de uma árvore. Tive então uma idéia para escapar daquela ilha: amarrei meu turbante numa das patas do pássaro na esperança de sair dali quando ele levantasse vôo. Passei toda a noite assim. Quando raiou o dia, o rukh voou levando-me com ele.

Subimos tão alto que eu não podia enxergar mais a terra. De repente, o pássaro desceu com a maior rapidez e pousou. Em terra, desprendi meu turbante de sua pata. Mal tinha acabado de soltar-me, quando o pássaro bicou uma serpente incrivelmente comprida e voou levando-a no bico.

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Regrinhas simples para bem escrever

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Efemérides

03/04 ago 1805: William Rowan Hamilton
Físico e matemático irlandês, nascido à meia-noite em Dublin. No final de sua vida adotou a data de 4 de agosto para seu aniversário. Recebeu o título de Sir em 1835, ano em que foi publicado seu trabalho On a General Method in Dynamics. Nesse mesmo ano, descobriu os quaternions, um marco no desenvolvimento da Álgebra. Sua obra The Elements of Quaternions foi publicada um ano após seu falecimento. Faleceu em Dublin, em 2 de setembro de 1865.

05 ago 1802: Niels Henrik Abel
Matemático norueguês, nascido em Nedstrand. Contribuiu para o desenvolvimento de vários ramos da matemática moderna. Foi ele quem provou ser impossível resolver algebricamente a equação geral de quinto grau. Os grupos comutativos também são chamados abelianos em sua homenagem. Faleceu em Froland, em 6 de abril de 1829.

05 ago 1827: Manuel Deodoro da Fonseca
Alagoano, liderou o golpe de estado que derrubou o imperador D. Pedro II. Foi o primeiro presidente do Brasil. Faleceu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 1892.

08 ago 1901: Ernest Orlando Lawrence
Físico norte-americano nascido em Canton, South Dakota, EUA. Abiscoitou o prêmio Nobel de Física de 1939 pela sua invenção do ciclotron, o primeiro acelerador de partículas a atingir altas energias. Faleceu em Palo Alto, EUA, em 27 de agosto de 1958.

08 ago 1902: Paul Adrien Maurice Dirac
Físico inglês nascido em Bristol. Desenvolveu uma teoria que prediz o spin do elétron e a existência do pósitron. Foi co-inventor da estatística de Fermi-Dirac. Juntamente com Erwin Schroedinger, ganhou o prêmio Nobel de Física em 1933. Faleceu em Tallahassee, EUA, em 20 de outubro de 1984.

10 ago 1823: Antonio Gonçalves Dias
Poeta brasileiro nascido em Barra Mansa, RJ. Entre suas obras destacam-se I-Juca-Pirama e Canção do exílio. Ambas estão disponíveis na Biblioteca deste site. Faleceu a bordo de um navio, que naufragou nas costas do Maranhão, em 10 de setembro de 1864. O poeta foi a única vítima, aos 41 anos de idade, porque não teve forças para sair do camarote.

10 ago 1912: Jorge Amado
Escritor brasileiro nascido em Itabuna, BA. Entre suas obras, destacam-se Terras do sem fim e Gabriela, cravo e canela. Esta última está disponível na Biblioteca deste site. É o escritor brasileiro mais popular do século passado e sua obra tem alcance internacional, estando traduzida para quase todos os idiomas. Faleceu em Salvador, BA, em 06 de agosto de 2001.

12 ago 1887: Erwin Schroedinger
Físico austríaco nascido em Viena. Contribuiu para o desenvolvimento da Mecânica Quântica descobrindo sua equação básica. Repartiu com Dirac o prêmio Nobel de Física de 1933. Faleceu em Viena, em 4 de janeiro de 1961.

20 ago 1601 (dia do batismo): Pierre de Fermat
Matemático francês nascido em Beaumont-de-Lomagne. Não se conhece o dia exato do seu nascimento. Jurista e dedicou-se muito à Matemática. Durante um século não teve quem sequer o igualasse na teoria moderna dos números. Descobriu a Geometria Analítica independentemente de Descartes. Descobriu, também, o "Princípio de Fermat de tempo mínimo", os "Números de Fermat" e vários teoremas. Faleceu em Castres, em 12 de janeiro de 1665.

21 ago 1789: Augustin-Louis Cauchy
Matemático francês nascido em Paris. Foi um dos matemáticos modernos mais brilhantes. Suas maiores contribuições encontram-se incorporadas principalmente em três trabalhos: Cours d'analyse de l'École Royale Polytechnique (1821); Résumé des leçons sur le calcul infinitésimal (1823); Leçons sur les applications du calcul infinitésimal à la géométrie (1826-28). Faleceu em Sceaux, em 23 de maio de 1857.

26 ago 1743: Antoine-Laurent de Lavoisier
Químico francês nascido em Paris. É sua a famosa frase: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Formou-se em Direito, mas sua vocação sempre foi voltada às ciências. Criador da Química Moderna. Identificou o oxigênio e mostrou que a água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio: H2O. Faleceu em Paris, em 8 de maio de 1794.

30 ago 1871: Ernest Rutherford
Físico da Nova Zelândia nascido em Spring Grove. Sua liderança inspirou duas gerações de físicos. Sua influência sobre o pensamento científico pode ser comparada às de Faraday e Newton. Recebeu o prêmio Nobel de Química em 1908. Faleceu em Cambridge, em 19 de outubro de 1937.

31 ago 1821: Herman L. F. von Helmholtz
Cientista alemão nascido em Potsdam. Dedicou-se, com brilhantismo, à Fisiologia, Óptica, Eletrodinâmica, Matemática e Meteorologia. Sua preocupação com a percepção sensorial está manifesta em seus dois trabalhos maiores: On the Sensations of Tone as a Physiological Basis for the Theory of Music (traduzido ao inglês em 1875); e, Handbook of Physiological Optics (1867). No Sensations, há uma curiosa nota de rodapé onde Helmholtz associa cores a cada uma das notas musicais. Faleceu em Berlim, em 8 de setembro de 1894.


 

Desta edição para o Almanaque

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