Almanaque - Edição 39 - março de 2011
Para pensar
Fragmentos de obras editadas pelo Racionalismo Cristão
O temperamento voluntarioso reflete a personalidade egocêntrica
dos que entendem que a razão está exclusivamente do seu
lado, e dos que querem impor aos outros as próprias ideias. Esses
indivíduos estão frequentemente em choque com os demais,
e nada é mais divertido para os espíritos do astral inferior do
que assistirem aos choques humanos. Isso assanha os obsessores.
Como andam sempre à espera do momento propício que lhes permita
a atuação, o indivíduo voluntarioso vive marcado por eles.
A cada passo percebem o ensejo de armar um atrito. Na falta de
outra ocupação, esta, para eles, é absorvente.
O voluntarioso irrita-se facilmente quando o ponto de vista
alheio não coincide com o seu, tornando-se um fomentador de
contrariedades. Não é preciso salientar o que essa forma de obsessão,
aliás comuníssima, representa para os seres humanos.
Traiçoeiramente, ela vai penetrando, com lentidão, no subconsciente,
até tomar conta da pessoa. Esta, não se apercebendo do
envolvimento de que está sendo vítima, não reage, não se opõe,
não dá importância ao mal que, por força do hábito, acaba por
tornar-se-lhe agradável, facilitando o domínio dos obsessores, que
passam a ser mais atuantes, mais violentos e difíceis de afastar.
Racionalismo Cristão, 44ª edição, p. 115.
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The letter - parte 1 de 2
It was hot in the
forest under the trees. It was always hot. It was hot when there was no rain. It was hot, too, when the rain
fell.
Rook walked on with his two men. When he
touched a tree, his men made a mark on it. After they made a mark on a tree, other men cut the tree down. Then they
took it to the river. The water of the river carried the tree down to the sea.
There was a small town near the sea. There some men
pulled the trees out of the river. The trees became parts of houses, parts of
ships, or parts of dinner tables.
Rook
was tired of trees.
As he walked on, he looked at all the trees and touched one of them sometimes. He
thought of his old home in England. He
remembered big cities,
pretty women, good friends,
shops.
Far away!
He came, when night fell, to his little house. It was made of wood. It had
one room. Sometimes a ship came up the river and
brought him food, but not
often. It brought him letters, but not many.
It
brought him a letter from an old friend
the day before. At the end of the letter his friend said, "Andrews
has married Mary Tanner."
Rook looked once more at the letter. Yes, It was Mary Tanner.
In the old days, Rook and Andrews often went to the Tanners' house. Rook
was in love with Susan Tanner, Mary's sister. But Andrews was often with Susan, and Susan
looked happy when Andrews came to the house. So Rook said nothing to Susan of his love for her. He
went sadly away. He left Andrews to marry Susan. He came to Africa and he was still in Africa.
He looked at his letter again. "Andrews has married Mary Tanner," it said.
So Susan was not married.
"I wasn't right," Rook thought. "Susan didn't love Andrews. Mary loved him."
He put the letter down and
thought of Susan. Blue eyes! But far away!
"Does she remember me?" he thought.
He got a drink and
sat down. He
still loved her; every day he
thought of her. He could write to her. The ship
would come back tomorrow. It always went up the river to the next forest station, and then came back. Then it went down the river to the sea again.
"It can
take my letter if I write it tonight," he thought.
He went to his old
wooden table, took a piece of paper, and began to write.
"Dear Susan," he wrote. Then he sat back in his chair to think. He could not write a letter of this
kind quickly. He sat for a long time at the table. Then he wrote his letter:
Dear Susan,
Do you ever think of your old friend Leslie Rook? I'm here in an African forest. But I'm tired of trees, and I want to leave my work here. I want to come home. If I do that,
will you marry me, my dear? I've loved you for a long time. I loved you when I came to your house. I loved you when I went away. I shall always love you.
I
shall wait here for your answer. If I
get no answer, I
shall not trouble you again. Your old friend, Leslie.
He read the letter through. "Very bad!" He thought, and
burnt it. Then he wrote another, but it was no better than the first. He burnt it too.
He tried again and again. At last he wrote a letter
very much like the first.
"This is the best that I can do," he thought. "She'll understand. If
she loves me at all, she'll answer this." He burnt all the other letters.
In the morning he gave the letter to a man. "This letter must go by the ship this afternoon," he said. Then Rook
set out once more into the forest. It was raining. He
was away most of the day.
When he came back, he saw the ship. It was
going down the river. He stood and looked at it, and he
thought of his letter to Susan. He thought of the great men who built ships and made trains; he thought of the men in ships who found their way over the water of the seas; he thought of the men who read the names on letters and took them to the houses.
He thought of Susan's house.
He
turned, and he saw his man with the letter in his hand. "I
didn't remember the letter
until it was too late, sir," said the man. "The ship
went without it."
Continua e termina na próxima edição.
(Stories of Today, Longman)
Humor
– Veja, papai, já sei escrever - disse o garotinho mostrando uma folha de
papel cheia de rabiscos.
– Que ótimo! E o que está escrito?
– Não sei, papai, ainda não aprendi a ler.
|
|
Vendo um garoto à beira do rio pescando,
uma pessoa
que passava por lá perguntou-lhe:
– Quanto peixes você já apanhou?
– Quando eu pegar o próximo, terei um. |
Passatempo
Com 6 palitos do mesmo tamanho (palitos de dente ou de fósforo, por exemplo), formar 4 triângulos equiláteros (que têm os três lados iguais).
Resposta na próxima edição.
Resposta da edição anterior:
O casal Pereira teve 15 filhos, nascidos em intervalos de um ano e meio. Maria,
a filha mais velha, diz que ela é oito vezes mais velha que José, o caçula. Qual a idade de Maria?
Uma forma de resolver este problema é pedindo a ajuda da Álgebra, esta maravilhosa invenção dos babilônios.
O primeiro passo é sempre dar nomes às coisas. Assim, chamemos de J a idade do José, e M a idade da Maria.
A idade da Maria é 8 vezes a do José, assim temos a primeira equação:
M = 8 vezes J
ou
M = 8 J (equação 1).
Cada criança nasceu 1,5 anos depois da outra. Como há 15 crianças, a última nasceu 21 anos depois da
primeira. Daí a segunda equação:
M - J = 21 (equação 2).
Substituindo a primeira equação na segunda teremos:
8J - J = 7J = 21. Assim, J = 3, que é a idade do José. A Maria é 8 vezes mais velha do que José, portanto a idade
dela é 24 anos.
As 1001 noites
Um belo adolescente triste
Eu sou filho de rei, e minha história é tão incomum que se fosse
escrita com uma agulha no canto interno dos olhos serviria de lição a toda pessoa que gosta de se
auto-aperfeiçoar.
Nasci na terra de Kabul onde meu pai, Tigamos, é rei. Ao mesmo tempo poderoso e justo,
ele tem sob sua suserania sete reis tributários. Desde a minha infância, meu pai cuidou que fosse
instruído nas ciências, nas artes e nos esportes, de maneira que aos quinze anos já era considerado um
dos cavalheiros mais finos do reino. Dirigia as caçadas e as corridas, sentado no meu cavalo, mais veloz
que um antílope. Certo dia, durante uma caçada, ao crepúsculo, vi a poucos passos uma gazela airosa
que, ao me ver, fugiu como uma flecha. Segui-a com meus sete mamelucos até que chegamos a um rio
caudaloso onde esperávamos acuá-la e prendê-la. Ela, porém, se jogou no rio e nadou com velocidade até
a outra margem. |
|
|
Apeamos sem demora, confiamos nossos cavalos a um dos mamelucos, saltamos num
barco de pescar que estava lá e fomos em perseguição à gazela. Mal atingimos o meio do rio, perdemos o
comando da embarcação e fomos levados pela correnteza. Passamos assim aquela noite e o dia seguinte,
incapazes de controlar a violência da água e do vento, receosos, a cada minuto, de bater contra alguma
rocha e morrer afogados. Foi só na manhã do segundo dia que conseguimos desembarcar numa terra
coberta de árvores e atravessada por um córrego. Mas um homem refrescava os pés no córrego. Quando
nos viu, pulou, e seu corpo dividiu-se em dois na altura da cintura. Somente a metade superior veio a
nós.
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Efemérides
03 mar 1845: Georg Ferdinand Ludwig Philipp Cantor
Matemático russo, nascido em São Petersburg. Fundador da Teoria dos Conjuntos. Introduziu o conceito de números transfinitos. Faleceu em Halle, Alemanha, em 6 de janeiro de 1918.
14 mar 1847: Castro Alves
Poeta brasileiro nascido em Curralinho-BA (hoje Castro Alves). Considerado um dos mais expressivos representantes do Romantismo brasileiro, ao lado de Gonçalves Dias. Seu livro Espumas flutuantes (disponível na Biblioteca deste site) consagrou-o para sempre. Seus poemas são lidos e admirados ainda hoje, especialmente aqueles em que denuncia a iniquidade da escravidão. Faleceu em Salvador-BA, em 6 de julho de 1871.
14 mar 1879: Albert Einstein
Físico alemão, nascido em Ulm. Considerado um dos gênios do século e mais conhecido pela sua Teoria da Relatividade Restrita. Criou também a Teoria da Relatividade Geral, ou mais apropriadamente, Teoria da Gravitação. Entretanto, o prêmio Nobel de Física que ganhou foi em razão da explicação que deu do efeito fotoelétrico e, genericamente, por seus trabalhos em Física Teórica. A partir de 1933, passou a residir em Princeton, Nova Jersey, onde trabalhou pelo resto de sua vida dedicando-se, principalmente, a encontrar uma teoria de unificação das leis físicas. Nunca aceitou a interpretação estatística da Mecânica Quântica. Neste sentido, é sua a famosa frase: "Por acaso Deus joga dados?" Quando visitou o Brasil, teria dito que é impossível citar os maiores físicos teóricos do mundo sem incluir Mario Schenberg. Faleceu em Princeton, em 18 de abril de 1955.
16 mar 1825: Camilo Castelo Branco
Escritor português, nascido em Lisboa. Foi uma das maiores figuras literárias de Portugal do século 19. Suas
numerosas obras literárias incluem desde melodramas românticos até trabalhos que seguem a estética realista. Um dos maiores conhecedores do idioma português. Seu romance Amor de perdição está disponível na Biblioteca deste site. Faleceu em Seide, em 1 de junho de 1890.
21 mar 1768: Jean-Baptiste-Joseph Fourier
Matemático francês, nascido em Auxerre. Também egiptologista. Teve grande influência no desenvolvimento da física matemática em consequência do seu livro Théorie analytique de la chaleur, publicado em 1822. Contribuiu significativamente para o desenvolvimento da teoria das funções de uma variável real. Faleceu em Paris, em 16 de maio de 1830.
23 mar 1749: Pierre-Simon de Laplace
Matemático, astrônomo e físico francês, nascido em Beaumont-en-Auge. Seus trabalhos mais notáveis foram sobre Mecânica Celeste e Teoria Analítica das Probabilidades. Faleceu em Paris, em 5 de março de 1827.
23 mar 1882: (Amalie) Emmy Noether
Matemática alemã, nascida em Erlangen. Por suas importantes contribuições para o desenvolvimento da Álgebra Superior foi reconhecida como a algebrista mais criativa dos tempos modernos. Faleceu em Bryn Mawr, E.U.A., em 14 de abril de 1935.
27 mar 1845: Wilhelm Conrad Roentgen
Físico prussiano, nascido em Lennep. Por sua descoberta dos raios X, recebeu o primeiro prêmio Nobel de Física, em 1901. Faleceu em Munique, em 10 de fevereiro de 1923.
31 mar 1596: René Descartes
Matemático e filósofo francês, nascido em La Haye. Tem sido considerado o pai da filosofia
moderna. Sua obra mais conhecida talvez seja o Discurso do método (disponível na Biblioteca deste site), onde aparece a famosa afirmação "Penso, logo existo". Faleceu em Estocolmo,
em 1 de fevereiro de 1650.
31 mar 1906: Shin'ichiro Tomonaga
Físico japonês, nascido em Kyoto. Juntamente com Feynman e Schwinger, recebeu, em 1965, o prêmio Nobel de Física, pelos trabalhos que conduziram ao casamento (consistência) da Eletrodinâmica Quântica com a Teoria da Relatividade Restrita. Faleceu em Tokio, em 8 de julho de 1979.
Desta edição para o Almanaque
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