Valdir Aguilera
 Físico e pesquisador

 

 

Almanaque - Edição 44 - agosto de 2011

Para pensar: Ambição

Os textos apresentados nesta seção foram retirados de obras do Racionalismo Cristão disponíveis gratuitamente na seção "Biblioteca" do site www.racionalismocristao.org

Desejos insuperáveis são aspirações inatingíveis. Há indivíduos de desmedida ambição que nunca se contentam com o que possuem. Sempre queixosos, acham que merecem mais, vivendo em permanente estado de insatisfação.

É perfeitamente racional, e até elogiável, que cada um procure melhorar as condições de vida e não poupe esforços para alcançar essa melhoria. Isso não se consegue, porém, com desânimo e lamúrias, que só servem para agravar as situações difíceis e debilitar as energias espirituais.

A ambição sem limites, associada à revolta íntima, produz mau humor, do qual se aproveitam espíritos do astral inferior para atuar sobre os revoltados, incutindo-lhes na mente os mais sombrios pensamentos, capazes de os levar à obsessão e, por via dela, a outros males.

A lei da atração não falha. Todos estão sujeitos ao seu império. O ser humano precisa compenetrar-se da transitoriedade das coisas que pertencem à Terra. A escravização aos valores materiais, tão facilmente perecíveis, além de atrasar a evolução espiritual, tem causado muitos e muitos sofrimentos.

A ambição comedida é natural; a desenfreada, uma forma de obsessão, em que o egoísmo e a egolatria influem decisivamente. Os ambiciosos e descomedidos não olham os meios para obter os fins: lesam, usurpam e açambarcam. Domina-os a ideia obsessiva do ganho rápido, mesmo através de manobras extorsivas. Para esses, não existem contemplações nem meios-termos. A determinação é avançar. Arquitetam golpes ousados, pouco lhes importando que firam os preceitos da moral e da honradez.

RACIONALISMO CRISTÃO, 44ª edição, Rio de Janeiro, 2010.

Humor

No restaurante:
– Azeitona tem pernas?
– Não!
– Então comi um besouro.



Novas versões de velhos adágios

Mais vale dois maribondos voando do que um na mão picando.

Na vida tudo é passageiro. Exceto o motorista e o cobrador.

Viva cada dia como se fosse o último. Um dia você acerta.

Ter a consciência limpa é ter a memória fraca.

Quem cedo madruga, fica com sono à tarde.

Evite acidentes, faça de propósito.

É nos pequenos frascos... que cabe menos perfume.

Nunca olhe para trás... sem antes virar o pescoço.

Há duas palavras que abrem muitas portas: Puxe e Empurre

Passatempo

Qual a idade da criança?

Visitando a fazenda de um agricultor, Carlos perguntou-lhe:
– Qual a idade de seu filho?
Lisonjeado pelo interesse em sua família, o agricultor respondeu:
– A idade dele é 5 vezes a de minha filha e a idade de minha esposa é 5 vezes a de meu filho. Eu tenho o dobro da idade de minha mulher enquanto que a vovó, cuja idade é a soma da de todos nós, tem 81 anos.
Qual a idade do filho do agricultor e de todos os demais?

Resposta na próxima edição.

Resposta da edição anterior:

Melhore seu vocabulário em inglês

O texto a seguir foi composto com base nas 500 palavras mais usadas em inglês. Aproveite para rever seu vocabulário. Coloque o mouse sobre as palavras em vermelho para ver a tradução.

Dead man's mark
(Parte 1 de 2)
WHEN this story begins, two men were going on a long journey through a forest in Africa. Night was beginning to fall. At last they came to a part of the forest without many trees.

"Let us stop here for the night," said one of the men. His name was Halliday. "We've come a long way today and I'm tired."
This was true. Halliday was tired. But he did not want to stop because of this. The other man, Moorhouse, looked ill. Halliday was a doctor and saw this. But Moorhouse did not ask to stop. He too wanted to get out of the forest.

"If Moorhouse gets a good night's sleep, he may be better in the morning," Halliday was thinking. "I'm a doctor but I have nothing to give him. Only sleep can help him now."

Moorhouse did not answer. He took his bag off his back and sat down on a fallen tree. He sat there his head in his hands. Halliday made a bed for house on the ground.

"Try to get some sleep," he said. " I'll make a fire."

It was hot in the forest even at night but they had to make a fire because of the animals. Some of these animals were not afraid of men but they were of fire. Halliday could hear the noise of these animals not far off in the forest.

He got as much wood as he could carry in his arms. Then he broke it into small pieces and made a fire. It did not burn well at first because the wood was wet.

Then he too sat down near Moorhouse, there, looking at the fire. He was thinking about the beginning of their journey ...

* * *

Five months before, three men se dirigiram a set Bassoko. Bassoko is a town in Africa near the sea. They went into the forest to find a man. This man was Halliday's father. Many years before, he went into the forest and did not come back. He was still a young man at the time. He went to many countries and wrote books about them. Then he came to Bassoko. He wanted to make this long journey through the forest to see the people of those parts and to write about them. But no one from Bassoko wanted to go with him. They were afraid to go into the forest. Halliday's father was afraid of nothing so he set out alone. He never came back.

His son was three years old at the time. He did not even remember his father. Later, when he was a young man, he became a doctor. But this work did not please him. He wanted to do one thing in life. He wanted to find his father.

"He may be still alive. Who knows?" Halliday often thought. "If he's dead, how did he die? I shall not be happy until I know the answer."

When his mother died, Halliday took all his money out of the bank and came to Bassoko. Two friends came with him. One of them was Moorhouse. He knew a lot about plants and wanted to see the plants in this African forest. The other was named Lovell. He knew all about animals. Lovell was now dead.

Halliday and his two friends made everything ready. They could not take a car with them because there were no good roads in those parts. So they bought five strong donkeys to carry all their things. They had to take a lot of food with them for the journey.

The first part of the journey was not hard. They went over some high hills. They had to go through rivers too but there was not much water in them at that time of the year. Then they came to the forest. It looked like a wall in front of them. The trees were so high that the three men often could not see the sun. Then there were the plants. Some of these were nearly as big as the trees. It was very hot in those parts and these plants grew quickly.

Most of the time they had to cut a way through the forest. It was hard work but the young men were strong. Then two of their donkeys died. Another donkey ran away and was eaten by animals. After that they had to carry many of their things on their own backs.

Every night when they stopped, they made marks on the trees on all sides. They made one mark on the trees on the first night. On the next night they made two marks and on the night after that they made three marks. Lovell told them to do this.

"This will help us to know the way when we come back," he said.

But at this time they did not think much about that.

They often met people in the forest. These men were poor and lived in small houses made of dirt. But they were friendly. They always helped the three men. Lovell could speak to them. He asked them about Halliday's father. But no one remembered him.

Then, after about a month, they came to a small town on the banks of a river. It was the end of the first part of their journey. The people there remembered Halliday's father. They took the three men to the headman of the town.

(Continua na próxima edição.)

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As 1001 noites - As aventuras do rei bastardo

Conta-se - mas só Alá sabe tudo - que havia certa vez três amigos, todos genealogistas de profissão, que viviam numa antiga cidade da Arábia. Dotados de sutileza, eram capazes de subtrair a carteira de um avarento sem que ele o percebesse. Reuniam-se todos os dias para planejar as trapaças que aplicariam, visando a divertir-se mais do que a lucrar. Pois seus embustes eram mais espirituosos que maldosos. Colocavam o que ganhavam numa bolsa comum e gastavam a metade em mantimentos e a outra metade na compra de haxixe, com que se embriagavam todas as noites. Sua embriaguez também nada tinha de vulgar. O haxixe aumentava, ao contrário, sua agudez mental e inspirava-lhes expedientes que faziam as delícias de quem as testemunhasse.
Certo dia, dirigiram-se cedo ao jardim que rodeava o palácio do rei, e lá fingiram uma briga entre si com insultos e palavrões lançados em voz alta. O sultão, que passeava no jardim, foi incomodado pelos gritos e mandou prender os três brigões e levá-los à sua presença.
Interrogados, responderam:
– Nós exercemos três profissões diferentes e estávamos disputando sobre qual delas é a melhor. Perdemos a cabeça na discussão. Daí as invectivas e as grosserias. Esquecemos da presença do sultão nosso senhor. Merecemos ser castigados.
Perguntou o sultão:
– Que profissões são essas?
O primeiro beijou a terra entre as mãos do sultão e respondeu:
– Sou genealogista de pedras finas e conheço todos os segredos das genealogias lapidares.
– Por Alá, disse o sultão, tens mais o aspecto de um patife que de um sábio. Mas talvez as duas coisas não sejam incompatíveis. Em todo caso, explica me em que consiste a genealogia lapidar.
– É a ciência da origem e da espécie de todas as pedras preciosas e a arte de distinguir, num simples olhar, as pedras genuínas das falsas.
– Porei à prova teu saber, disse o soberano. E, dirigindo-se ao segundo genealogista, perguntou:
– E tu? – Sou genealogista de cavalos. Posso ao primeiro relance saber em que tribo nasceu tal cavalo, e em que terra foi criado, e quais foram suas doenças passadas e que doenças lhe ameaçam o futuro. E sei curar qualquer doença de cavalo, por mais incurável que a tenham declarado.
– Tu também me pareces mais um patife que um cientista. Porei à prova teu saber. E tu? perguntou ao terceiro amigo.
– Ó rei do tempo, minha profissão é mais importante e mais difícil que as deles. Sou um genealogista de seres humanos. Olhando para um homem e ouvindo-lhe a vibração da voz, sei se ele é bastardo ou não, e quais foram seus pais e antepassados. Olhando para uma mulher, mesmo velada, adivinho-lhe a raça, a origem, a profissão e também a conduta dos pais. Todos reconhecem que sou um genealogista infalível.
– Eis uma coleção surpreendente de talentos, exclamou o rei. Vou guardar-vos aqui e comprovar vossas habilidades. Se forem autênticas, sereis recompensados. Se forem meras alegações, sabereis como morrem os falsificadores.

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Efemérides

03/04 ago 1805: William Rowan Hamilton
Físico e matemático irlandês, nascido à meia-noite em Dublin. No final de sua vida adotou a data de 4 de agosto para seu aniversário. Recebeu o título de Sir em 1835, ano em que foi publicado seu trabalho On a General Method in Dynamics. Nesse mesmo ano, descobriu os quaternions, um marco no desenvolvimento da Álgebra. Sua obra The Elements of Quaternions foi publicada um ano após seu falecimento. Faleceu em Dublin, em 2 de setembro de 1865.

05 ago 1802: Niels Henrik Abel
Matemático norueguês, nascido em Nedstrand. Contribuiu para o desenvolvimento de vários ramos da matemática moderna. Foi ele quem provou ser impossível resolver algebricamente a equação geral de quinto grau. Os grupos comutativos também são chamados abelianos em sua homenagem. Faleceu em Froland, em 6 de abril de 1829.

05 ago 1827: Manuel Deodoro da Fonseca
Alagoano, liderou o golpe de estado que derrubou o imperador D. Pedro II. Foi o primeiro presidente do Brasil. Faleceu no Rio de Janeiro, em 23 de agosto de 1892.

08 ago 1901: Ernest Orlando Lawrence
Físico norte-americano nascido em Canton, South Dakota, EUA. Abiscoitou o prêmio Nobel de Física de 1939 pela sua invenção do ciclotron, o primeiro acelerador de partículas a atingir altas energias. Faleceu em Palo Alto, EUA, em 27 de agosto de 1958.

08 ago 1902: Paul Adrien Maurice Dirac
Físico inglês nascido em Bristol. Desenvolveu uma teoria que prediz o spin do elétron e a existência do pósitron. Foi co-inventor da estatística de Fermi-Dirac. Juntamente com Erwin Schroedinger, ganhou o prêmio Nobel de Física em 1933. Faleceu em Tallahassee, EUA, em 20 de outubro de 1984.

10 ago 1823: Antonio Gonçalves Dias
Poeta brasileiro nascido em Barra Mansa, RJ. Entre suas obras destacam-se I-Juca-Pirama e Canção do exílio. Ambas estão disponíveis na Biblioteca deste site. Faleceu a bordo de um navio, que naufragou nas costas do Maranhão, em 10 de setembro de 1864. O poeta foi a única vítima, aos 41 anos de idade, porque não teve forças para sair do camarote.

10 ago 1912: Jorge Amado
Escritor brasileiro nascido em Itabuna, BA. Entre suas obras, destacam-se Terras do sem fim e Gabriela, cravo e canela. Esta última está disponível na Biblioteca deste site. É o escritor brasileiro mais popular do século passado e sua obra tem alcance internacional, estando traduzida para quase todos os idiomas. Faleceu em Salvador, BA, em 06 de agosto de 2001.

12 ago 1887: Erwin Schroedinger
Físico austríaco nascido em Viena. Contribuiu para o desenvolvimento da Mecânica Quântica descobrindo sua equação básica. Repartiu com Dirac o prêmio Nobel de Física de 1933. Faleceu em Viena, em 4 de janeiro de 1961.

20 ago 1601 (dia do batismo): Pierre de Fermat
Matemático francês nascido em Beaumont-de-Lomagne. Não se conhece o dia exato do seu nascimento. Jurista e dedicou-se muito à Matemática. Durante um século não teve quem sequer o igualasse na teoria moderna dos números. Descobriu a Geometria Analítica independentemente de Descartes. Descobriu, também, o "Princípio de Fermat de tempo mínimo", os "Números de Fermat" e vários teoremas. Faleceu em Castres, em 12 de janeiro de 1665.

21 ago 1789: Augustin-Louis Cauchy
Matemático francês nascido em Paris. Foi um dos matemáticos modernos mais brilhantes. Suas maiores contribuições encontram-se incorporadas principalmente em três trabalhos: Cours d'analyse de l'École Royale Polytechnique (1821); Résumé des leçons sur le calcul infinitésimal (1823); Leçons sur les applications du calcul infinitésimal à la géométrie (1826-28). Faleceu em Sceaux, em 23 de maio de 1857.

26 ago 1743: Antoine-Laurent de Lavoisier
Químico francês nascido em Paris. É sua a famosa frase: "Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma". Formou-se em Direito, mas sua vocação sempre foi voltada às ciências. Criador da Química Moderna. Identificou o oxigênio e mostrou que a água é formada por dois átomos de hidrogênio e um de oxigênio: H2O. Faleceu em Paris, em 8 de maio de 1794.

30 ago 1871: Ernest Rutherford
Físico da Nova Zelândia nascido em Spring Grove. Sua liderança inspirou duas gerações de físicos. Sua influência sobre o pensamento científico pode ser comparada às de Faraday e Newton. Recebeu o prêmio Nobel de Química em 1908. Faleceu em Cambridge, em 19 de outubro de 1937.

31 ago 1821: Herman L. F. von Helmholtz
Cientista alemão nascido em Potsdam. Dedicou-se, com brilhantismo, à Fisiologia, Óptica, Eletrodinâmica, Matemática e Meteorologia. Sua preocupação com a percepção sensorial está manifesta em seus dois trabalhos maiores: On the Sensations of Tone as a Physiological Basis for the Theory of Music (traduzido ao inglês em 1875); e, Handbook of Physiological Optics (1867). No Sensations, há uma curiosa nota de rodapé onde Helmholtz associa cores a cada uma das notas musicais. Faleceu em Berlim, em 8 de setembro de 1894.


 

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