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Valdir Aguilera
 Físico e pesquisador

 

 

Almanaque - Edição 59 - novembro de 2012

Para pensar e praticar

Nesta seção do Almanaque, apresentamos textos retirados de obras do Racionalismo Cristão e outras de pesquisadores atuais e do passado.

O fanatismo

Há muita gente que está habituada a que lhe falem ao paladar e por isso não gosta da verdade que o Racionalismo Cristão explana em suas Casas, com o fito exclusivo de esclarecer e livrar da ignorância as criaturas.

Esta Doutrina se impõe pela verdade, ela procura esclarecer e elevar, espiritualmente, as criaturas. Aqueles que explanam os seus princípios não se desviam da disciplina e tudo fazem para que a humanidade desperte para uma nova vida e se revolte contra o embuste e a hipocrisia que têm causado tantos males.

Os explanadores do Racionalismo Cristão dizem verdades que nem sempre agradam, isto porque a verdade fere, mas cura. Ferindo, obriga a criatura a sentir a vida e a raciocinar melhor. Quantas e quantas vezes daqui saem criaturas que foram feridas pela verdade, mas, ao chegarem à sua casa e rememorando fatos, recordando casos passados, chegam à conclusão de que houve razão no que aqui foi dito e daí em diante passam ser outras e criam disciplina nos seus lares.

O Racionalismo Cristão quer a humanidade esclarecida, consciente daquilo que é e do que deve ser para combater a fraqueza espiritual, porque esta é a causa dos males. Uma vez esclarecida, saberá dar combate à mentira, porque ela foi sempre um cancro a correr o moral da humanidade.

Combate-se o fanatismo, seja ele qual for. O fanático dá má nota de sua inteligência, atesta pouco raciocínio e nenhuma compreensão. A criatura esclarecida não pode ser fanática; ela tudo vê, tudo observa e analisa com inteligência e raciocínio. O fanatismo enfraquece o espírito, desnorteia o livre-arbítrio e a vontade.

A criatura fanática não tem vontade, aceita aquilo que a, b e c lhe impingem, aceita como certo aquilo que os seus mentores lhe dizem. Obra: "Clássicos do Racionalismo Cristão", de Luiz de Mattos.

(Clássicos do Racionalismo Cristão, Luiz de Mattos)

Passatempo

Nome das esposas

Quatro homens, Ademar, Bruno, Celso e Daniel, estavam falando de suas esposas. Eles não se conheciam bem e as afirmações que fizeram, indicadas abaixo, não são todas exatas. De fato, a única coisa certa é o nome informado da esposa.

Ademar:
Dora é a mãe de Joana.
Nunca conheci Patrícia.

Bruno:
O nome da esposa de Celso é Dora ou Patrícia.
Joana é a mais velha.

Celso:
Patrícia é a esposa de Ademar.
Dora é a irmã mais velha de Joana.

Daniel:
Margarete é minha filha.
Dora é mais velha do que minha esposa.

Qual o nome da esposa de cada um?

Respostas na próxima edição.

Resposta da edição anterior:

Gisele: 23; Helena: 25; Maria: 22.

Humor



– Poderia me dizer se há pouco um homem com
chapéu preto dobrou esta esquina?
– Não sei dizer, quando cheguei aqui ela já estava dobrada.



Na livraria
– Este livro de auto-ajuda resolve todos os problemas?
– Resolve metade deles.
– Então vou levar dois.

Melhore seu vocabulário em inglês

O texto a seguir foi composto com base nas 500 palavras mais usadas em inglês. Aproveite para rever seu vocabulário. Coloque o mouse sobre as palavras em vermelho para ver a tradução.

Clever Asin

Anne Ingram

Parte 2 de 2

“I am going to give you a different problem today,” said King Bato. “I want you to catch the waves of the sea in a net. Bring the waves to me here.”
Asin thought for a moment. Then he replied, “Sir, this is an easy problem. But first, you must give me a net made of sand.”
The king was angry.
“This young man is laughing at me!” he thought.
He stood up and he shouted at the young man.
Go away, Asin!” he shouted. “ Leave the palace immediately. Don't come back! If the guards see you standing on any of my ground again, you will go to prison. Do you hear me, Asin?”
“Yes, sir, said Asin.
But the next day, the king looked out of a window. He saw Asin outside the palace.
The king was very angry. He ran out of the palace and he called his guards. They all went up to Asin. The young man was standing on some fresh earth.
“I told you not to come to here again!” the king shouted. “You are standing on my ground again! You will go to prison!”
“Please, sir, I'm not standing on your ground,” replied Asin. “I'm standing on my own ground.”
The young man pointed to his feet.
“This earth comes from my own garden,” he said. “I dug it this morning.”
Suddenly, King Bato laughed.
“Come to the palace tomorrow,” he said. “I will give you another problem.”
Early the next morning, Asin went to the palace. He went to the king's room. He was surprised. There was a large melon on the floor. Near it, there was a large jar with a small neck at the top.
“I want you to put the melon into the jar,” said the king. “You must not break the jar and you must not break the melon.”
It was a large jar, but the neck at the top of the jar was very narrow. It was too narrow. Asin could not push the melon into the jar.
“This is an easy problem, sir,” said Asin. “But I must have a few weeks to do it. Then I will bring the jar with the melon inside it.”
“Goodbye, Asin,” said the king. And he smiled.
He won't come back!” the king thought.
Asin went home with the melon and the jar. He sat down by his house. He sat down to think.
“How can I do this?” he thought. “There must be an answer. There is always an answer.”
Asin looked at his garden. It was a good garden. Many fruits and vegetables were growing in the garden. There were melons growing there. Melons! Yes! The young man had an idea!
Asin quickly found a small, young melon. It was growing on a big melon plant. The melon was the size of a bird's egg. Very carefully, Asin put the melon through the neck of the jar. He did not break the fruit from the plant.
After that, Asin gave the melon plant some water every day. The fruit grew quickly. After a few weeks, it filled the whole jar. The fruit was large and round. The melon was in the jar. And the jar was not broken!
Asin cut the melon from the plant. Then he took the jar to the king. King Bato was surprised. “How did you do this?” he asked Asin.
Asin told him, and the king smiled.
“So it is a different melon!” he said. “But you are a clever young man, Asin. It was a very difficult problem and you found the answer!”
“There is always an answer, sir,” said Asin.
After that, Asin became the king's adviser. He helped King Bato with difficult problems. There was always an answer! Soon Asin was an important man.
At last, I have an important thing to do,” he said.

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Os doze trabalhos de Hércules
09 - O cinturão de Hipólita


Monteiro Lobato

O cinturão de Hipólita

De volta ao acampamento Emília passou a tarde a virar e desvirar coisas. "Vira que vira, virade" eram as palavras que tinham de preceder ao toque da varinha — e o objeto em que a varinha tocava realmente virava na coisa pedida.
Até o Visconde ela virou em jacaré, e o desvirou, porque o jacaré estava arreganhando uma enorme boca vermelha para devorá-la. E virou o Templo de Avia em uma encantadora casinha de boneca. E virou a clava de Hércules em mão de pilão — e assim por diante. Depois desvirava e deixava tudo como antes.
Enquanto isso Hércules, de mão no queixo, seguia matutando no nono Trabalho que Euristeu lhe havia imposto: ir ao reino das amazonas conquistar o célebre zóster da rainha das amazonas, isto é, o cinturão que Ares ou Marte dera a Hipólita, e ela usava como distintivo da sua realeza.
As amazonas formavam uma curiosa raça de mulheres guerreiras, filhas de Marte e Harmonia. Habitavam as paragens do Termodonte, perto de Temiscira, no Ponto. O Reino do Ponto ficava na Ásia Menor, junto ao Ponto Euxino.
As amazonas eram a contraparte feminina dos centauros; não que tivessem metade do corpo cavalo, metade mulher, mas, como só andassem a cavalo, pareciam formar com os cavalos um só corpo. Em seu reino não havia homens, só mulheres, e valorosíssimas — as maiores guerreiras da antiguidade. Desde mocinhas comprimiam o seio esquerdo de modo a atrofiá-lo. Para quê? Para não atrapalhá-las no lançamento das flechas.
Além de valentíssimas eram de grande beleza e trajavam-se à moda dos bárbaros: vestes bem justas no corpo, barrete frígio, bombachas diferentes das dos gaúchos. Para a defesa traziam um escudo redondo; e como armas, o arco e o dardo.
Homem nenhum entrava no reino das amazonas, e o que ousasse fazê-lo era imediatamente destruído. Vinha daí a preocupação de Hércules. Como, sozinho, invadir aquele reino e arrancar da cintura de Hipólita um zóster que a não abandonava nunca? E Hércules pensava, pensava. Por fim resolveu levar bons companheiros. Só com a ajuda de outros heróis poderia conseguir alguma coisa e pensou em Teseu, Peleu, Telamon e outros grandes amigos. Tinha, pois, antes de mais nada, de procurar esses heróis e propor-lhes a aventura. Mas moravam em cidades diferentes. Procurá-los todos e discutir o assunto era empresa demorada. Hércules chamou Pedrinho.
— Escute. Tenho de reunir vários amigos para a aventura das amazonas. Isso vai exigir uma série de viagens a uma série de terras. O melhor me parece que eu parta sozinho. Depois de formar o meu bando, venho buscar vocês.
Hércules partiu em primeiro lugar para Atenas em procura de Teseu, o herói da Ática. Os pica-paus ficaram sozinhos.
O primeiro dia se passou numa "viração" furiosa. O "Vira que vira, virade" não parava. Até o ribeirão Emília virou num pastorzinho da Arcádia que não sabia falar, apenas "murmurejava", como murmurejam os ribeirões. E Pedrinho, que nunca fora um menino adulador, estava agora todo amor e cuidados com a Emília. Como não adular uma criaturinha armada de tanto poder? E por mais absurdo que isto pareça, até Juno lá no Olimpo começou a ter medo de Emília — segundo informações do mensageiro de Palas no dia seguinte.
— Acabo de chegar do Olimpo — disse ele. — Palas está radiante com a nova derrota de Hera no caso da mudez, e me disse que já agora nada tem Emília a recear das peças da deusa. "Se um leão for lançado contra Emília, ela o recebe com uma varada e transforma-o no que quiser — mosca, borboleta, pão-de-ló. Aquela varinha de condão é realmente um prodígio — mas é bom que ela saiba de uma coisa. Todas as varas de condão possuem um poder limitado. A de Emília só dá para cem viradas. Depois de cem viradas, torna-se uma vara comum, como as de marmelo, que só servem para surrar crianças. Avise-a disso."
Ao saber da limitação de sua varinha mágica, Emília quase chorou de desespero. Com a brincadeira do vira-vira ela já tinha gasto quase todo o poder da vara mágica — e de maneira tão boba, meu Deus! virando até pedregulhos do chão, pedacinhos de pau, moscas... Pelos cálculos do Visconde, só devia haver na vara umas trinta viradas de resto! Quer dizer que Emília tinha desperdiçado setenta em puras bobagens. Cumpria-lhe agora poupar com o maior ciúme as restantes. E Emília, com um suspiro, guardou na sua canastrinha a vara de condão já quase no fim.
Depois perguntou ao Visconde:
— Que é "condão" Visconde? Às vezes a gente leva usando uma palavra toda a vida sem saber certo o que é.
O sabuguinho explicou que a palavra "condão" vinha da palavra persa "condo", que queria dizer "sábio ou adivinhador". De modo que na língua portuguesa condão significava "prerrogativa", "privilégio", "graça", "dom" . E vara de condão queria dizer vara de adivinhar.
— Mas a minha vara não adivinha — objetou Emília. Vira só.
— Adivinha, sim — respondeu o Visconde. — Quando você diz "Vira que vira, virade", ela adivinha o que você quer e executa a ordem.
Todos engoliram a explicação.
Lá pelas cinco horas estavam os três sozinhos ali no acampamento, à espera de Meioameio que saíra em procura de frutas e queijo para o jantar. De repente...
— Que é aquilo lá? — exclamou Pedrinho apontando. Parece uma meninada...
Era realmente uma meninada que vinha naquela direção —uma molecada de Micenas. Vinham correndo, numa gritaria.
— Já sei! — berrou Emília. Souberam da minha vara e vêm atacar-nos...
Numa das viradas ela havia virado um besouro em menino, e como naquela afobação se esquecera de desvirá-lo, o menino fugira e fora contar à molecada de Micenas a prodigiosa história. Os moleques ficaram no maior assanhamento e vinham em bando conquistar a vara.
Que fazer? A resistência era impossível, pois se tratava dum bando de vinte.
Recurso único: virá-los em qualquer coisa. Mas para virar vinte meninos era necessário gastar vinte viradas — e das trinta viradas que ainda sobravam na varinha só ficariam dez...

Para ler a história completa clique AQUI.
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Cantinho infanto-juvenil
Esta seção do Almanaque é dedicada a crianças e jovens. Nesta edição oferecemos uma atividade com experiências que podem ser feitas em casa. Aguardamos sua avaliação e sugestões enviando um email para               

A inércia e a força de vontade


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Efemérides

05 nov 1849: Rui Barbosa
Jurista brasileiro, também conhecido como a "Águia de Haia", nascido em Salvador. Foi, também, diplomata, filólogo, escritor, político e orador. Membro fundador da Academia Brasileira de Letras, da qual foi presidente de 1908 a 1919. Talvez sua obra mais conhecida seja o discurso Oração aos moços, preparado para a turma de 1920 na Faculdade de Direito de São Paulo. Não pôde proferi-lo pessoalmente por razões de saúde. Faleceu em Petrópolis, em 01 de março de 1923.

07 nov 1867: Marie Curie (Marja Sklodowska)
Física francesa, nascida em Varsóvia (Polônia). Seu nome de solteira era Marja Sklodowska. Juntamente com seu marido, Pierre Curie, foi uma das pioneiras na pesquisa da radioatividade. Descobriu os elementos radiativos polônio e rádio. Por isso, os Curie compartilharam o prêmio Nobel de Física com A. H. Becquerel. Após a morte de seu marido, Marie Curie continuou a pesquisar as propriedades químicas e aplicações médicas do rádio. Foi agraciada com o prêmio Nobel de Química em 1911. Faleceu em Sallanches, em 4 de julho de 1934, vítima de leucemia, indubitavelmente causada pela radioatividade dos materiais com que trabalhou intensamente. Seu marido Pierre e cunhado Jacques descobriram o efeito piezoelétrico. Sua filha mais velha, Irène Joliot-Curie também foi uma física notável.

07 nov 1878: Lise Meitner
Física austríaca, nascida em Viena. Bombardeando urânio com nêutrons, ela e seu sobrinho Otto Robert Frisch interpretaram corretamente os resultados obtidos como evidências de fissão nuclear e previram as reações nucleares em cadeia. Ela faleceu em Cambridge, em 27 de outubro de 1968.

19 nov 1892: Antonio Cottas
Português nascido em Sirvuzelo – Monte Alegre. Imigrou para o Brasil em 1905 e logo se revelou homem de grande visão para negócios. Tornou-se cidadão brasileiro em 8 de agosto de 1939. Sua obra mais importante foi consolidar o Racionalismo Cristão, do qual foi presidente por quase 60 anos, sucedendo a Luiz de Mattos, o fundador dessa Doutrina. Faleceu no Rio de Janeiro, em 12 de junho de 1983.

Desta edição para o Almanaque

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