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Valdir Aguilera
 Físico e pesquisador

 

 

Almanaque - Edição 61 - janeiro de 2013

Para pensar e praticar

Nesta seção do Almanaque, apresentamos textos retirados de obras do Racionalismo Cristão e outras de pesquisadores atuais e do passado.

Os atos da vida

Por mais renitente e irredutível que seja o ser humano em aceitar a sua verdadeira condição espiritual, chegará o dia da saturação dos prazeres ilusórios da vida material. Isto porque não há condenação eterna. Todos terão sua oportunidade e, enquanto não for aproveitada, voltará a apresentar-se, intermitentemente, em outras vidas, cada vez se situando em níveis mais acessíveis ao seu descobrimento.

Diante de tais perspectivas, não deixa de ser uma ventura possuir o indivíduo condições espirituais para sentir o que este livro encerra, e encontrar nele um caminho para as suas realizações, na prática dos princípios doutrinários. O objetivo alcançado será a disposição firme de pautar os atos da vida, em todas as ocasiões, pelos ensinamentos explanados pelo Racionalismo Cristão, na certeza de que está correspondendo a elevados compromissos.

Podem os seres perdoar-se mutuamente ou, melhor dizendo, desculpar as ofensas recebidas, no sentido de não alimentar ódio, malquerença ou sentimento de vingança contra quem lhes tenha sido ingrato ou maldoso. Mas esse perdão, sinônimo de desculpa, nada tem a ver com o ato falso de dizer-se a alguém, mediante rezas e donativos, que "os seus pecados (os erros) estão perdoados".

Quem acreditar nessa enganosa afirmação está sendo iludido, desviado do caminho da verdade espiritualista, e, mais dia menos dia, sofrerá as conseqüências, sempre desastrosas para sua existência espiritual. O faltoso que, com dinheiro ou com súplicas, pensa haver liquidado seu débito para com a justiça transcendente, fiado em vã promessa, feita levianamente, compartilha com seu perdoador a responsabilidade do erro em que ambos ficaram envolvidos.

Apontando falhas dessa gravidade, o Racionalismo Cristão procura esclarecer as pessoas, sem o menor interesse, porque nada quer de ninguém; age, apenas, com intuito de beneficiar os seres de boa-vontade, cumprindo preceitos cristãos, sem esperar, com isso, receber recompensas ou agradecimentos. O lema de “fazer o bem sem olhar a quem” faz parte dos princípios espiritualistas da Doutrina.

Prática do Racionalismo Cristão, 13ª edição, 2009

Passatempo

Faça 50 pontos



Numa barraca de um parque de diversões em uma cidade do interior dos Estados Unidos da América, o desafio era atirar quantas bolas quiser e derrubar bonecos de forma que a soma dos números estampados neles seja 50. Se passar dos 50, pode pagar nova tentativa e recomeçar. Quais são os bonecos que você deve derrubar?

Respostas na próxima edição.

Resposta da edição anterior:
Cátia pesava 61kg; Mônica pesava 71kg; Norma pesava 66 kg. Passaram a se chamar Cátia Barreto, Mônica Romero e Norma Juventino.

Humor





– Quanto você cobra para me levar até a rodoviária?
– Vinte reais.
– E as malas?
– Não cobro nada por elas.
– Ótimo. Como estou com pouco dinheiro, vou a pé e você me espera lá com as malas.



No bar:
Freguês: – Me vê aí quatro pingas.
O freguês toma calmamente todas elas. Em seguida:
– Me dá agora três.
Novamente, com toda calma, tomas as três. Já com voz um pouco alterada, pede
– Me vê duas agora, e as toma em seguida.
Já com voz totalmente alterada ele ordena mais uma e comenta:
– Vocêêê notoooou que quanto meeeenos beeebo mais bêêêbado fico?

Melhore seu vocabulário em inglês

Continuamos apresentando algumas histórias que poderão ser verdadeiras ou falsas. Na edição seguinte à sua publicação, informaremos se a história é verdadeiras ou não. Aproveite para rever seu vocabulário. Coloque o mouse sobre as palavras em vermelho para ver a tradução.

Toothache

ONE afternoon in May 1883, when the birds were singing in the spring air, Alfred Vokes walked into a waiting room. He knew it well; for he had been there many times before. During the last few years his teeth had given him more trouble than usual, but he was not worried: Mr. Ward could pull them out satisfactorily. He sat down, gently holding the side of his face.

There was only one other person in the room, an immense man with a big face made bigger by the swelling on one side. For a minute or two Vokes watched him trying to open and shut his mouth with his head on one side. It was a strange sight. " Painful?" asked Vokes.

"Terrible!" said the man with powerful shoulders. And he added through a half open mouth, " No sleep last night."
" Don't worry. Mr. Ward will get it out. He's taken three of mine out. Very strong man, Mr. Ward! You'll sleep better tonight. But don't try to fight him. He'll knock you down if you do."
" Will it hurt much when he pulls it out?" asked the big man miserably.
"Oh, yes," said Vokes; "it always hurts. But he gets them out in the end. Lots of blood, of course! He ruined one of my suits with blood once, but he got the tooth out. Ah! wonderful fellow, Mr. Ward! He never fails. But you mustn't fight. I fought him once, and he knocked me down. I was carried out and put into the Rest Room."
"What's the Rest Room?"

A terrible cry of pain rang down the passage from a distant place of sorrow.

"Ah!" said Vokes with satisfaction. "That's Mr. Ward at work. He could pull a horse's teeth out. What an arm that man has!"

The big man's eyes filled with fear; he touched the side of his face and cried out with the pain.

"What's the Rest Room?" he repeated in a whisper.
"It's the room next to this. When people are very bad, they're left in the Rest Room for half an hour. Then they get stronger, and Mr. Ward starts on them again."

The big man stood up and stepped forward uncertainly.

"Where are you going?" Vokes demanded. "It isn't your turn yet."
"I'm going home," said the other, speaking with difficulty.
" Sit down," Vokes suggested. "How will you feel tonight if you go away with that tooth in your head? Be reasonable. It'll have to come out in the end. Better get rid of it now."

As the other carefully placed his large body on the chair again, irregular footsteps sounded outside in the passage. The front door opened and closed.

"Lucky fellow!" said Vokes. "His troubles are over until next time; but ours haven't started."

The door of the room opened and a girl in spotless white clothes entered. "Mr. Small?" she asked sweetly, in a musical voice. "Will you come this way, please?" She gave him a bright smile.

The immense man followed her out with a last sad look at Vokes. The door closed. From the table Vokes took an ancient paper and began in silence to read about last year's events.
His peaceful reading was interrupted by noise. From the distant room came a loud cry which developed into a shout. Something far away fell on the floor.

"I told him not to fight!" Vokes thought angrily. " He has no sense."

The noise grew louder; the sounds of battle increased. Other voices joined in. A kind of roaring could be heard through the shouts. Suddenly a door opened and heavy feet ran down the passage. The front door was thrown open. Vokes stood up and looked out of the window with interest. Mr. Small had escaped.

Hearing other feet in the passage, Vokes opened the door to watch. Someone was being carried gently and carefully into the Rest Room. Looking more closely, Vokes saw the face of Mr. Ward. The eyes were closed.

"I'll come back tomorrow," said Vokes to the girl in white.

A look of doubt crossed her face. " Better wait two or three days," she said. "Come on Friday. Mr. Ward won't want to see anyone tomorrow."

A história anterior, Time, é verdadeira. E a de hoje?

Para mais histórias, acesse a Biblioteca clicando AQUI.

Os doze trabalhos de Hércules
11 - Os pomos das Hespérides


Monteiro Lobato


A viagem de Hércules em busca dos pomos de ouro foi das mais movimentadas. Antes de partir teve de andar indagando onde é que ficava o jardim das Hespérides. Uns achavam que era no país dos hiperbóreos, lá muito ao norte, mas o Visconde objetava:
— Não pode ser. A zona hiperbórea, ou polar, é muito fria para favorecer o crescimento duma árvore de pomos. O jardim das Hespérides tem que ser incompatível com os gelos do norte. Deve ficar em clima quente ou temperado.
Por fim Hércules se convenceu de que o maravilhoso jardim ficava no extremo ocidental da terra, isto é, bem a oeste.
Naquele tempo a "terra" era quase que só a Europa, e o tal extremo ocidental devia ser a península ibérica, onde ficam a Espanha e Portugal.
Emília quis saber o que era “pomo”. O Visconde explicou que a palavra "pomo" vinha do latim "pomum" e queria dizer "fruta".
— Mas é mais poético dizer pomo em vez de fruta —acrescentou. Fruta dá idéia de mercado ou de verdureira de esquina. Pomo é palavra de luvas de pelica.
— Enjoado! — berrou Emília que era muito plebéia. — Só porque vem do latim já está com história. Luvas de pelica! O fedor... Pois eu digo fruta e acabou.
— Mas se pomo é fruta em geral, — interveio Pedrinho, — que fruta são os tais pomos do jardim das Hespérides? E, antes de mais nada, quem são essas tais Hespérides?

O Visconde sabia. Não havia o que ele não soubesse. Contou que se tratava das filhas do gigante Atlas com a ninfa Hespéris.
— São quatro, Egle, Eritia, Aretusa e Hestia, cada qual mais encantadora. O jardim das Hespérides é uma pura maravilha que vive tentando os homens e os deuses. Em nenhum outro existem as árvores dos pomos de ouro. Aquilo é um encanto e as quatro irmãs são verdadeiras fadas. Cantam como sereias, dançam como zéfiros e sabem tomar todas as formas. Quando os argonautas lá estiveram e, quase mortos de sede, lhes pediram que indicassem uma fonte, elas se transformaram em areia. E como eles continuassem a pedir água, a areia se tronsformou em árvore.
— Eu me transformaria em torneira para salvar os coitados — disse Emília. — Que adianta areia ou árvore para quem está morrendo de sede?
Pedrinho quis saber como era o dragão de guarda ao jardim das Hespérides.
— Ah, o mais monstruoso de todos! Cem cabeças que não tiram os olhos dos pomos.

Para ler a história completa clique AQUI.
Para outros trabalhos de Hércules, procure na Biblioteca clicando AQUI.

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Efemérides

01 jan 1893: Paulo Setúbal
Escritor brasileiro nascido em Tatuí, SP. Seu nome completo é Paulo de Oliveira Leite Setúbal. Seus romances tratam de temas da história do Brasil, de forma leve e bem humorada. Talvez seu livro mais conhecido seja A marquesa de Santos. Para baixá-lo, clique AQUI. Faleceu em São Paulo, em 4 de maio de 1937.

01 jan 1894: Satyendra Nath Bose
Físico e matemático indiano, mais conhecido como o descobridor dos bósons (este termo foi cunhado em sua homenagem). Juntamente com Einstein, criou a estatística Bose-Einstein que descreve o comportamento dos bósons. Faleceu em Calcutá, em 4 de fevereiro de 1974.

03 jan 1894: Luiz de Mattos
Filósofo, escritor, comerciante português radicalizado no Brasil. Codificador do Racionalismo Cristão. Fundador do jornal "A Razão" e elaborou o primeiro "Manual de Redação" que se conhece. Abolicionista, acolheu em sua fazenda e protegeu escravos que fugiam de seus cativeiros. Seus eloquentes e corajosos artigos publicados no jornal que fundou causaram muita perplexidade e despertaram enorme interesse dos seus leitores. O "A Razão" passou a ser o diário mais procurado e lido na ocasião. Faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de janeiro de 1926. Para ler uma minibiografia, clique AQUI. Há uma biografia mais extensa: Luiz de Mattos, sua vida, sua obra, de Galdino Rodrigues de Andrade.

04 jan 1643: Isaac Newton
Cientista inglês (físico, matemático, astrônomo, alquimista e filósofo), nascido em Woolsthorpe. Em seu livro Philosophiae Naturalis Principia Mathematica, também conhecido como Principia, descreve sua famosa lei da gravitação universal e apresenta suas três leis em que se apoia a mecânica clássica. Faleceu em Londres, em 31 de março de 1727. Ver edição de dezembro deste Almanaque.

04 jan 1839: Casimiro de Abreu
Poeta brasileiro, nascido em Barra de São João, RJ. Seu nome completo é José Marques Casimiro de Abreu. Sua obra lírica está reunida no volume As primaveras, publicado em 1859. Faleceu em Nova Friburgo. em 18 de outubro de 1860.

21 jan 1929: Martin Luther King
Ativista político norte-americano, nascido em Atlanta, Geórgia. Batalhou pelos direitos civis, principalmente dos negros e mulheres. Seu discurso mais famoso é "Eu tenho um sonho". Recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 1964. Foi assassinado em Memphis, Tenessee, em 4 de abril de 1968.

22 jan 1775: André-Marie Ampère
Matemático e físico francês, nascido em Polémieux-au-Mont-d'Or. Seus trabalhos em física mais importantes foram no campo do eletromagnetismo. Em sua homenagem, a unidade de intensidade de corrente elétrica no sistema SI se diz ampère, símbolo A. Faleceu em Marselha, em 10 de junho de 1836.

22 jan 1908: Lev Davidovich Landau
Físico russo, nascido em Baku. É considerado um dos maiores físicos do século XX. Deu importantes contribuições para o desenvolvimento de diversos campos da Física, como, Baixas Temperaturas, Estado Sólido, Atômica, Nuclear, Plasma e Energia Estelar. Muitos termos físicos levam o seu nome. Faleceu em Moscou, em 1 de abril de 1968.

23 jan 1862: David Hilbert
Matemático alemão, nascido em Königsberg. Seus trabalhos em Geometria são considerados os mais importantes desde Euclides. Propôs uma série de problemas que vêm estimulando o trabalho dos matemáticos. Faleceu em Göttingen, em 14 de fevereiro de 1943.

23 jan 1907: Hideki Yukawa
Físico japonês, nascido em Tóquio. Foi homenageado com o prêmio Nobel de Física em 1949 pelos seus trabalhos sobre partículas elementares. Com base em cálculos inteiramente teóricos, previu a existência de mésons. Foi o primeiro físico japonês com formação totalmente feita no Japão a receber o prêmio Nobel de Física. Faleceu em Kyoto, em 8 de setembro de 1981.

25 jan 1736: Joseph Louis Lagrange
Matemático italiano, nascido em Turim, distinguiu-se em todos os ramos da Análise, Teoria dos Números, Mecânica Analítica e Mecânica Celeste. Seu Mécanique Analytique, publicado em 1788, sintetiza todos os trabalhos no campo da Mecânica desde os dias de Newton. Faleceu em Paris, em 10 de abril de 1813.

Desta edição para o Almanaque

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