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Valdir Aguilera
 Físico e pesquisador

 

 

Almanaque - Edição 90 - junho de 2015

Para pensar e praticar

Nesta seção do Almanaque, apresentamos textos retirados de obras do Racionalismo Cristão e outras de pesquisadores atuais e do passado.

Compreensão

A compreensão das coisas adquire-se com o hábito da ponderação, que resulta do bom hábito de meditar. Quando se deseja ter uma visão clara de qualquer assunto, compreendê-lo bem em todos os ângulos e facetas, é preciso aprofundar o pensamento em seu estudo e esmiuçar todos os pontos obscuros. A meditação serena e concentrada, sem deixar que o pensamento esvoace ou tome rumos estranhos, é a maneira hábil de conseguir-se penetrar no âmago das questões, convindo notar que a meditação profunda proporciona ligação mental com o oceano cósmico dos conhecimentos emanantes da Inteligências Universal.

Há indivíduos compreensivos a quem se pode apresentar uma tese, uma dúvida, uma dificuldade, que será encarada por eles com simpatia, ao passo que outros são incapazes de aderir com solidariedade ao tema, e, no comum das vezes, arvoram-se em críticos acerbos ou juízes condenadores.

A vida é cheia de problemas, e cada um no seu posto tem de enfrentá-los como puder, muitas vezes com carência de recursos pessoais, por falta de experiência, de tirocínio e de traquejo.

As dificuldades alheias não devem ser vistas com indiferença ou pouco caso, quando há solicitação de auxílio feita por quem se vê em situação embaraçosa. A maneira de ajudar, nessa hipótese, prevê, antes de tudo, a necessidade de compreender a verdadeira situação da vítima, sentindo-a como se ferisse a própria carne do solicitado, se ele estivesse colocado naquela emergência. Depois, então, aplique-se o socorro possível.

É indispensável que todos se compenetrem de os seres pertencem a um mesmo conjunto humano, e, nesse caráter, cada um é uma parte, uma fração desse conjunto, não devendo isolar se completamente dos problemas alheios, como se não lhe dissessem respeito. Uma simples orientação é, não poucas vezes, um recurso salvador.
A felicidade existe, Luiz de Souza, 14ª ed.

Passatempo

Uma empresa tem dois cubos em seu escritório. Todos os dias eles são arrumados de modo a indicar o dia do mês. Sempre são utilizados os dois cubos. Assim, o dia 7 é indicado por 07.

Quais são os números nas faces do cubo?

Resposta na próxima edição.

Resposta da edição anterior: o terceiro também vai responder que os outros dois são da mesma ilha.

Humor



Suicídio de uma pessoa paciente




Nó na cuca

07. O homem invisível está aqui, pois não estou vendo ele.



Conversa ao telefone

Duas amigas conversavam ao telefone.
– Olá, como vai? Quanto tempo! Como vai teu marido?
– Você não soube? Ele morreu quinze dias atrás.
– Ah, não sabia. Meus pêsames. E como é que foi?
– Pedi para ele ir comprar açúcar no supermercado, aí veio um ônibus e passou por cima dele.
– Mas que horror! E o que você fez?
– Tomei café sem açúcar mesmo.

Melhore seu vocabulário em inglês

O texto a seguir foi composto com base nas 500 palavras mais usadas em inglês. Aproveite para rever seu vocabulário. Coloque o mouse sobre as palavras em vermelho para ver a tradução.

A história abaixo é verdadeira ou não? A anterior, The Three Hats, não é verdadeira.

Chance

On board the Central America, a ship on her way from Havana to New York, were no fewer than four hundred and ninety-one passengers, most of whom were miners returning with their gold to the land where they were born. At the start of the voyage the sky had been cloudless and the wind fair, but three days later the ship was rolling in a storm which threw her about like a child's plaything. It was not long before water found its way into the engine-room and put out the fires, leaving the ship helpless, with her engines stopped.

In spite of all efforts, the depth of the water down below slowly increased; and the difficulties of the men at work were made more severe by the fact that the water had been heated by the engine-room fires. It became clear to all, from the captain downwards, that nothing could save the ship, and that she would soon go to the bottom.

When this became a certainty, a strange sight was seen on board. Some of the miners collected their gold, the result of months of hard work, and stored it in their belts, hoping to take it with them wherever they were going. But others, who expected only to be thrown into the angry sea, were unwilling to weigh themselves down with the heavy metal, and threw it wildly on the floor. Thousands of dollars lay untouched on the furniture; one man alone threw twenty thousand dollars about the room – and afterwards escaped to tell the story to others.

Unusual courage was shown by nearly all on board: not even the women gave themselves up to useless tears. Captain Herndon moved about the ship encouraging all, sometimes giving orders in attempts to save his ship, sometimes silent, always determined. But all his efforts were in vain.

Fortunately, when all hope of safety had entirely gone, another ship, the Marie of Boston, appeared on the scene. The Marie had also suffered heavily in the storm, but her captain immediately made arrangements to move the women and children in boats from the Central America to his own ship. The mountainous seas made it impossible to take more than a few at one time in a boat, and the work was painfully slow. But there was no disorder: even the rough miners waited patiently, making no attempt to save themselves until the women and children were safe. When they had all been taken off, there was time for forty of the men to be taken to the Marie as well.

All this time the Central America had been sinking lower in the water, and at eight o'clock one Saturday evening in September 1847, she disappeared for ever in the roaring sea. Those who were still alive, and who had not reached the Marie, then found themselves swimming in the water, which fortunately was not too cold at first.

The night was dark, though sometimes the moving clouds allowed a star or two to be seen in the sky. The miserable men held on to any bit of wood they could find. They called to the Marie for help, but she was far beyond the reach of the human voice. At one o'clock in the morning the water was getting colder, and a sharp wind had begun to blow.

Suddenly lights were seen in the distance; another ship! The shouts of the swimmers were heard on board, and willing hands pulled them out of the water. The name of the ship that had so fortunately arrived on the scene in time to save their lives was the Ellen. What had brought her to the exact spot through the darkness and the pathless sea? Her captain had known nothing of the wreck and had, indeed, attempted to sail away from it. But let him speak for himself.

`I was forced by the wind,' he said long afterwards, `to change my course. Just as I changed it, a small bird flew across the ship once or twice and then flew at my face. I took no notice of this until exactly the same thing happened a second time, which caused me to think it rather unusual. While I was thus considering it, the same bird, for the third time, made its appearance and flew about in the same way as before. I was then persuaded to change my course back to the original one. I had not gone far when I heard strange noises; and when I tried to discover where they came from, I found I was in the middle of people who had been shipwrecked. I immediately did my best to save them.'

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Efemérides

07 jun 1848: Francisco de Paula Rodrigues Alves
Nascido em Guaratinguetá, SP, foi Presidente da República de 1902 a 1906. É considerado o presidente civil mais notável. Reconstruiu e embelezou o Rio de Janeiro. Reformou a Saúde Pública e foi durante o seu governo que a febre amarela foi erradicada do país. Seu extraordinário Ministro do Exterior, Barão do Rio Branco (José Maria da Silva Paranhos), notabilizou-se por sua eficiente diplomacia em questões de fronteiras com a Bolívia, Uruguai, Guiana Inglesa (hoje Guiana) e Guiana Holandesa (hoje Suriname). Foi governador de São Paulo nos anos 1887-1888, 1900-1902 e 1912-1916. Reelegeu-se presidente mas, antes da posse, faleceu no Rio de Janeiro, em 18 de janeiro de 1919.

13 jun 1831: James C. Maxwell
Físico escocês, nascido em Edimburgo. Suas contribuições à Física têm sido comparadas com as de Newton e Einstein. Seus trabalhos mais importantes foram em Eletromagnetismo, Termodinâmica e Mecânica Estatística. O fato de suas equações do Eletromagnetismo permanecerem invariantes por transformações de Lorentz foi a principal inspiração para o desenvolvimento da teoria da relatividade, de Einstein. Faleceu de câncer antes dos 50 anos, em Cambridge, em 5 de novembro de 1879.

13 jun 1888: Fernando Pessoa
Lisboense, Fernando Antonio Nogueira Pessoa é a maior figura da literatura portuguesa moderna. Escreveu obras literárias também em inglês. Pretendendo representar diferentes personalidades que sentia existir em si mesmo, escreveu, também, sob vários heterônimos, os mais famosos sendo Álvaro de Campos, Alberto Caeiro e Ricardo Reis. Uma coletânea de seus poemas está disponível na Biblioteca deste site. Faleceu em Lisboa, em 30 de novembro de 1935.

13 jun 1911: Luiz Álvarez
Físico experimental norte-americano, nascido em San Francisco. Um de seus trabalhos mais conhecidos foi a datação das pirâmides do Egito usando propriedades de decaimento do 14C. Foi agraciado com o Prêmio Nobel de Física em 1968. Faleceu em Berkeley, em 1 de setembro de 1988.

17 jun 1832: William Crookes
Físico e químico inglês, nascido em Londres. Descobriu o elemento químico tálio (número atômico 81), identificou a primeira amostra conhecida de hélio, inventou o radiômetro, descobriu e pesquisou os raios catódicos (feixes de elétrons usados nos dispositivos de vídeo padrão CRT, invenção dele). Também criou um dos primeiros aparelhos usados no estudo da radioatividade nuclear. O seu livro Fatos espíritas está disponível na Biblioteca deste site. Faleceu em Londres, em 4 de abril de 1919.

19 jun 1623: Blaise Pascal
Matemático, físico e filósofo francês, nascido em Clermont-Ferrand, Puy-de-Dôme. Foi o primeiro a usar os triângulos, que ficaram conhecidos como triângulos de Pascal, no estudo da teoria das probabilidades. Seus estudos da ciclóide muito contribuíram para o desenvolvimento do cálculo infinitesimal. Suas experiências (realizadas pelo seu cunhado) confirmaram que o ar tem peso. Seus estudos sobre Hidrodinâmica e Hidrostática conduziram ao descobrimento da lei de Pascal, lei básica da Hidráulica. Seu pensamento filosófico-religioso enfatiza a importância das razões do coração sobre as da própria razão. Faleceu em Paris, em 19 de agosto de 1662.

21 jun 1839: Machado de Assis
Contista, crítico, cronista, dramaturgo, ensaísta, jornalista, novelista, poeta e romancista, nascido no Rio de Janeiro. Considerado o fundador da Academia Brasileira de Letras, foi seu primeiro presidente, cargo que ocupou até sua morte. Oferecemos, para seu deleite, os livros A mão e a luva e Dom Casmurro, disponíveis na Biblioteca deste site. Faleceu no Rio de Janeiro, em 29 de setembro de 1908.

24 jun 1820: Joaquim Manuel de Macedo
Nasceu em Itaboraí (RJ). Em 1844 formou-se em Medicina no Rio de Janeiro, e no mesmo ano estreou na literatura com a publicação daquele que viria a ser seu romance mais conhecido, "A Moreninha", que lhe deu fama e fortuna imediata. Sua obra A luneta mágica está disponível na Biblioteca deste site. Além de médico, Macedo foi jornalista, professor de Geografia e História do Brasil no Colégio Pedro II, e sócio fundador, secretário e orador do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, desde 1845. Em 1849 fundou, juntamente com Gonçalves Dias e Manuel de Araújo Porto-Alegre, a revista Guanabara, que publicou grande parte do seu poema-romance A nebulosa — considerado por críticos como um dos melhores do Romantismo. Foi membro do Conselho Diretor da Instrução Pública da Corte (1866). Faleceu no Rio de Janeiro em 11 de abril de 1882.

29 jun 1810: Ernst Eduard Kummer
Matemático, nascido em Sorau, Brandeburgo, hoje Polônia. Introduziu os números ideais, que são um subgrupo especial de um anel, levando à extensão do teorema fundamental da Aritmética ao campo dos números complexos. Faleceu em Berlim, em 14 de maio de 1893.

Desta edição para o Almanaque

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