![]() |
![]() |
|
![]() |
![]() |
|
|
![]() |
||||
Física Quântica - OrigemValdir Aguilera
Em fins do século XIX, Lorde Kelvin, um dos mais destacados e respeitados físicos
da época, fazendo uma avaliação da situação da Física afirmou que todos os problemas
já haviam sido resolvidos, restando apenas duas nuvenzinhas no horizonte. Essencialmente ele
se referia ao problema da emissão e absorção de calor pelo corpo negro, e ao resultado negativo
das tentativas para se detetar o éter. Nem imaginava que aquelas nuvenzinhas estavam
carregadas e prontas para desabar uma tempestade que abalaria os alicerces da Física, tão
carinhosamente embalados no aconchego dos centros de pesquisa. ![]() Equação de Schroedinger Então, por que a equação de Schroedinger teve boa acolhida pelos físicos? Podemos dizer que é atendendo à "política de resultados". Com essa equação é possível descrever com bastante precisão praticamente todos os fenômenos que ocorrem no mundo microscópico. Podemos querer mais? A equação de Schroedinger é uma equação de onda. Muita especulação foi feita para explicar que onda seria essa, em que meio se propagaria. Ao usar a equação para explicar algumas propriedades do elétron no interior do átomo, chegou-se a pensar que era o elétron que comandava a onda, como se estivesse na crista dela. Hoje já não se pensa assim. Atualmente, a grande maioria dos físicos aceita uma interpretação da equação de Schroedinger baseada na chamada escola de Copenhagen. Em poucas palavras, essa escola abre mão de qualquer explicação causal para os fenômenos quânticos. Não há uma tal explicação. Eles ocorrem em obediência a leis probabilísticas. Por exemplo, se um elétron se encontra em determinada órbita no interior do átomo é porque essa órbita é a mais provável. E assim sucede com a "explicação" de outros fenômenos observados no universo microscópico. São regidos por leis probabilísticas, ou seja, mais ou menos pelo acaso. De acordo com a escola de Copenhagen a onda que a equação de Schroedinger descreve é uma onda de probabilidades, ela nos dá a probabilidade de algo ocorrer. Einstein nunca aceitou esta interpretação. É famosa sua frase "Deus não joga com dados". Assim como Einstein, muitos físicos não se conformam com essa interpretação. Afirmam, com aquele gênio dando-lhes apoio, que a Mecânica Quântica é uma teoria ainda incompleta. Está faltando introduzir algum ingrediente, alguma variável desconhecida, para que se possa chegar a uma teoria causal, isto é, uma teoria que tenha em seu bojo a lei de causa e efeito. Os estudiosos da doutrina racionalista cristã sabem que não há efeito sem causa. Se algo nos parece resultado do acaso é porque há, ainda, alguma lei natural que desconhecemos. Talvez aquele ingrediente oculto. A interpretação probabilística da Mecânica Quântica é responsável por muitas fantasias criadas em nome dela. É provável que veremos alguns exemplos em próximos artigos. (Este artigo foi publicado originalmente no jornal A Razão, de abril de 2012.)
Copyright©2008 valdiraguilera.net. All Rights Reserved |
![]() |
||||
![]() |
![]() |
![]() |