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Os planos astraisValdir Aguilera
Introdução ![]() Fig. 1 Gerando dimensões no plano físico Nessa seqüência de processos, vimos que podemos gerar objetos de dimensão maior a partir de um de dimensão menor. A Fig. 1A, uma linha, representa um universo unidimensional. A Fig. 1B, uma superfície, representa um universo bidimensional, e temos na Fig. 1C uma representação de um universo de dimensão três, o nosso plano físico. Não devemos levar ao pé da letra o que foi dito acima. Isto é, não se deve pensar que o universo unidimensional é um segmento de reta, que o universo bidimensional é um quadrado e que o universo tridimensional é um cubo. As figuras que construímos servem apenas para ilustrar a nossa discussão sobre as dimensões do espaço físico. Um "ser" unidimensional pertencente, portanto, ao universo 1A, pode mover-se apenas para frente e para trás. Em seu vocabulário não existem as palavras "esquerda" e "direita", pois essas direções pertencem a um universo de dimensão maior do que o seu. Ele não sabe, nem imagina, portanto, como mover-se para "fora" do seu universo, pois isso implicaria em saber que existe um universo de dimensão dois. Por outro lado, mesmo que tivesse esse conhecimento, não saberia como sair do seu universo e atingir o de dimensão maior, pois não tem idéia do que sejam as direções "esquerda" e "direita". Já um ser bidimensional, pertencente ao plano, pode se mover para frente, para trás, para a esquerda e para a direita. Mas, não pode se mover para "cima" ou para "baixo" porque estes são conceitos desconhecidos, não fazem parte do seu vocabulário. Ele pode suspeitar da existência de um universo de dimensão três, mas não sabe como atingir a terceira dimensão, pois não tem conhecimento das direções "cima" e "baixo" e como penetrá-las. Resumindo: para avançar a um universo bidimensional, um ser unidimensional tem que mover-se numa direção perpendicular ao seu universo (V. Fig. 1). Ele não tem a mínima idéia para onde aponta essa direção. Lembremos que não existem os conceitos "esquerda" e "direita" para ele. Da mesma forma, para um ser bidimensional atingir a terceira dimensão, ele precisaria efetuar um movimento perpendicular às dimensões do seu universo. Para onde aponta essa perpendicular ele não tem a mínima idéia, pois, em seu vocabulário não existem as palavras "cima" e "baixo". Continuando nosso exercício, consideremos um ser tridimensional, um de nós por exemplo. Podemos mover-nos para frente, para trás, para a esquerda, para a direita, para cima e para baixo. Mas, não sabemos como mover-nos na direção da quarta dimensão. Para avançar sobre uma quarta dimensão deveremos ter noção de uma direção perpendicular a todo o nosso mundo físico. Na representação do cubo, essa direção seria perpendicular, ao mesmo tempo, a todas as faces do cubo. Que direção é essa? Não sabemos, não podemos imaginá-la nem defini-la, pois, para isso, precisaríamos de conceitos e palavras que não constam de nosso vocabulário. Abramos parênteses para lembrar que, após a doutrinação do presidente, não é raro um espírito obsessor arrebatado pelas correntes do Racionalismo Cristão pedir para que lhe mostrem o caminho do seu mundo. Em seu estado de perturbação, ele não tem idéia de como atingir planos superiores, pois deverá se mover em uma direção perpendicular às três dimensões do plano físico. Apenas as Forças do Astral Superior é que detêm esse conhecimento e podem, assim, encaminhá-los. Fechemos parênteses. Podemos, agora, perguntar: no processo que descrevemos para gerar universos de dimensão maior há algo comum a todos os casos? A resposta é sim e nela está a chave que devemos levar em consideração sempre que estivermos pensando em explorar a quarta dimensão. Essa palavra-chave é "movimento". No nosso exercício, universos de dimensão superior foram alcançados por meio do movimento de um "ser" do universo de dimensão inferior. Esse movimento foi realizado numa direção perpendicular ao seu universo. Assim, movendo uma reta (de dimensão um) numa direção perpendicular a si mesma, chegamos a um universo de dimensão dois (um plano); movendo o plano numa direção perpendicular a si mesmo, atingimos um universo de dimensão três (o cubo). Isso nos levou a concluir que para atingirmos um universo de dimensão quatro, deveremos mover o cubo numa direção perpendicular a todas as suas faces. Destaquemos, então, a idéia de movimento e perguntemos: O que é que produz um movimento? Já sabemos que a matéria é inerte, portanto, não pode mover-se por si própria. A causa de um movimento, qualquer que seja ele, é sempre uma força nos ensina a Física. É pela ação de uma força, portanto, que se pode levar um objeto de um universo "menor" para outro "maior". E é essa força que aponta para as direções perpendiculares que vimos discutindo. A força tem, portanto, conhecimento dessas direções. Ação da força em planos astrais Um ser bidimensional pode interferir num universo unidimensional. De um espaço bidimensional pode-se produzir um fenômeno no espaço unidimensional, mas um ser unidimensional não pode intervir em universos de dimensão maior. Simplesmente, ele não sabe onde está esse universo. Em termos de planos astrais, lembremos que uma força tem conhecimento do que acontece nos planos inferiores ao que pertence, mas, não tem idéia do que ocorre nos planos superiores. Isso nos vem ensinando o Racionalismo Cristão há muito tempo. Digressões sobre a quarta dimensão Aprendemos muito quando conseguimos traçar um paralelismo entre o que queremos entender e os conhecimentos que já possuímos. Para tentar entender o que seria um ser quadridimensional, vamos considerar, primeiramente, um universo bidimensional e um ser tridimensional pertencente, portanto, a um plano superior ao de duas dimensões. Essa é uma situação que não nos custa muito entender, como mostraremos a seguir. A figura 2 mostra um ser bidimensional confinado num cômodo de portas e janelas fechadas, portanto, sem saídas. O cômodo é representado pelo retângulo desenhado com linhas espessas. Ele não pode sair desse ambiente. Contudo, um ser tridimensional pode apanhá-lo, elevá-lo à terceira dimensão e, depois, conduzi-lo de volta para fora do cômodo depositando-o no seu mundo plano. Vamos supor que essa série de ações foi realizada. Todos aqueles que presenciaram o fenômeno vão ficar admirados com o sucedido. Vão pensar que o indivíduo passou através das paredes! No entanto, o que houve foi simplesmente um deslocamento do indivíduo para uma dimensão superior passando sobre as paredes do cômodo e voltando ao plano de origem, para fora do cômodo. Não houve nenhuma passagem através das paredes mas, sim, uma viagem pela terceira dimensão. Nem o ser que foi transportado para fora do cômodo é capaz de explicar o sucedido, pois sua consciência foi moldada por experiências bidimensionais. Ao ser levado para a terceira dimensão, sua consciência é "desligada". Por formação, ela não tem estrutura para perceber a dimensão extra. ![]() Fig. 2. Passagem "através" de paredes Dentro desta linha de raciocínio, um ser quadridimensional pode retirar um ser tridimensional de uma sala onde ele está confinado. Basta transportá-lo para a quarta dimensão e depois trazê-lo de volta. Não vamos nos estender mais sobre esse assunto. Mas, o leitor já dispõe de material suficiente para colocar a sua imaginação em ação. Para quem gosta destas lucubrações, recomendamos os livros Flatland (Abbott), Speculations on the fourth dimension (Rucker, ed.), Geometry, relativity and the fourth dimension. (Rucker) (V. bibliografia). Para quem não compreende o inglês, há um extenso artigo em português sobre a quarta dimensão que aclara e utiliza muitos dos conceitos desenvolvidos nos textos citados de Abbott e Rucker. Os interessados podem visitar o endereço (maio de 2007): http://pt.wikipedia.org/wiki/Quarta_dimensão Necessidade de uma dimensão extra Já sabemos que a força atua sobre a matéria produzindo fenômenos. Uma força pode atuar em seu plano próprio e em planos de dimensões inferiores. Contudo, para realizar alguns fenômenos em determinado plano, a força necessita socorrer-se de dimensões extras. Para aclarar essa situação, vamos fazer uma pequena experiência. Tomemos um pedaço de cartão – uma parte de uma embalagem qualquer, de cereais, de bombom, etc. – e desenhemos sobre ele dois triângulos como mostra a Fig. 3A . O tamanho dos triângulos não é importante, mas devem ter os lados de mesmo comprimento, dois a dois. Escolha um tamanho que seja confortável para desenhar e recortar. Recortemos a figura 3A para obter os dois triângulos mostrados na Fig. 3B. ![]() Fig. 3. Recortando triângulos Agora, deslizando um dos triângulos sobre a superfície da mesa, tentemos colocá-lo sobre o outro fazendo com que coincidam. Por mais que nos esforcemos, não vamos conseguir. Se o fenômeno que queremos produzir é justamente o de fazer os dois triângulos coincidirem, nunca conseguiremos nosso objetivo, se nos ativermos à superfície da mesa. Contudo, socorrendo-nos de uma dimensão extra poderemos executar a tarefa. Façamos o seguinte: elevemos um dos triângulos acima da superfície da mesa e giremo-lo no espaço de modo que a face que estava embaixo fique virada para cima. A figura 4 mostra os dois triângulos: o que ficou sobre a mesa (vermelho) e o que levantamos da mesa e giramos (mostrado em azul para indicar que estamos vendo a parte de baixo dele). ![]() Fig. 4. Sobrepondo triângulos Agora é possível colocar o triângulo sobre o outro de forma a coincidirem. Moral da história: para poder executar nossa tarefa, tivemos que levar um triângulo da superfície da mesa (um espaço bidimensional) para a terceira dimensão e, nesse plano superior, girá-lo antes de devolvê-lo ao plano inferior. Este exemplo simples ilustra o fato já mencionado de que certos fenômenos num determinado plano somente podem ser realizados por forças atuando em planos de dimensões superiores. Como as Forças Superiores têm acesso a dimensões superiores a três, elas são capazes de produzir fenômenos no plano físico que são impossíveis com os recursos do mundo físico. Vamos abrir parênteses para fazer uma observação. Os dois triângulos da Fig. 3 não são idênticos, como aparentam ser. Eles diferem por um atributo chamado quiralidade. É possível que a realidade física da quiralidade tenha sido descoberta no estudo de moléculas de açúcar. Dois objetos semelhantes, mas de quiralidade diferente são, de fato, imagens especulares um do outro. Fechemos parênteses. Conclusão O universo tem muitas dimensões. Não sabemos quantas. Em três delas está organizado o plano físico, onde se situam todos os corpos que podemos detectar com nossos órgãos e com os instrumentos de observação. Em seu processo de evolução, as forças atuam sobre a matéria pertencente ao mundo próprio delas para produzir fenômenos. Em cada um desses mundos, a matéria tem uma densidade diferente, sendo cada vez menos densa quando se avança aos planos superiores. A matéria própria do plano físico foi estruturada e organizada por forças atuando em matéria fluídica, que permeia todo o universo. Os pensamentos produzem ondas de freqüências variadas. Conforme a qualidade do pensamento, essas ondas ficarão retidas e confinadas no plano físico, ou poderão atingir planos astrais superiores. O espírito encarnado é uma força que atua sobre o corpo astral, formado de matéria própria do mundo a que ele pertence. Por meio do corpo astral, o espírito atua sobre seu corpo físico. Temos bastante conhecimento do que sejam e como são produzidos os fenômenos físicos, mas, não temos idéia da natureza dos fenômenos que ocorrem em planos superiores. Esse conhecimento estará ao nosso alcance nos mundos de escolaridade superiores ao mundo-escola Terra. A natureza dos fenômenos que a força pode produzir depende do número de dimensões do mundo astral em que a força opera. Para aprender a produzir fenômenos de ordem elevada, as forças passam por mundos de escolaridade apropriados. Bibliografia [1] Aguilera, Valdir. Força e Matéria [2] Aguilera, Valdir. As vibrações da força. [3] RACIONALISMO CRISTÃO, 43ª ed., "O Espaço". [4] Aguilera, Valdir. O espaço, o tempo e o espaço-tempo [5] Abbott, Edwin A., Flatland, Dover, NY. 1952. Disponível em www.valdiraguilera.net/biblioteca.html [6] Speculations on the fourth dimension, selected writings of Charles H. Hinton, ed. Rucker, Rudolf v. B. Dover, NY. 1980. [7] Rucker, Rudolf v. B., Geometry, relativity and the fourth dimension. Dover, NY. 1977. (Este artigo foi publicado anteriormente na seção Diversos da Gazeta do Racionalismo Cristão em junho de 2007.)
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