Valdir Aguilera
 Físico e pesquisador

 

 

Trajetória evolutiva da parcela da Força

Marclei Barbosa Santiago

Este artigo tem como propósito desdobrar e ilustrar a relação Força-Matéria durante a trajetória evolutiva da parcela da Força. A figura tratada nesse artigo é uma adaptação do gráfico constante da obra Trajetória Evolutiva de autoria de Felino Alves de Jesus, publicada pelo Racionalismo Cristão. Para a compreensão da relação Força e Matéria durante todo o percurso da parcela da Força em evolução, torna-se necessário compreender alguns termos e seus significados.

Força Princípio Inteligente, imaterial, ativo e transformador, que organiza, incita e movimenta a Matéria de qualquer categoria/densidade. O que possui faculdades e atributos é a Forca, que, por isto, evolui e se remodela quanto aos valores intelectuais, morais e espirituais, por iniciativa e esforço próprio, durante sua trajetória evolutiva.

Matéria Elemento inerte, passivo, amoldável, plasmável pela ação da Força. Pode ser de constituição astral – fluídica ou etérica – ou de constituição física – composta. A matéria é inerte e não possui atributos nem faculdades. Por isto, não evolui, não se transforma, é substituída e transformada pela ação da Força.

Agregados de matéria Conjunto de categorias de matérias de diferentes densidades que, pela ação da Força, formam agregados – corpos físico, etérico e fluídico – que são campos de manifestação da Força. Cada categoria/densidade de matéria tem um propósito específico no processo evolutivo.

Acão da Forca Onde há Matéria, há Força atuando nela. Onde há Força, há matéria sofrendo atuação dela. Pela ação da Força sobre a Matéria são produzidos inúmeros fenômenos físicos e metafísicos, como os da substituição e transformação da Matéria.

Substituição da Matéria Processa-se quando a Força independentemente de seu grau de evolução e em qualquer ponto de sua trajetória evolutiva, necessita atuar em matéria de densidade/categoria diferentes daquela em que vinha normalmente atuando para a realização de fenômenos.

Transformação da matéria Quando a Força deseja dar alguma forma à matéria em que atua, ela apenas transforma a matéria, mas não a substitui. Transformar a matéria tem o sentido de modelar, plasmar, amoldar, afeiçoar, dar outra forma à matéria. Tanto no fenômeno da transformação como no da substituição não é alterada a natureza da matéria, a sua essência, pois a matéria se encontra sempre em sua forma elementar. O que acontece é a substituição ou transformação da matéria pela ação da Força, que é o agente causador.

Diafanização da Matéria Ato ou efeito de diafanizar a Matéria. Trata-se da substituição ou troca de matéria densa por matéria menos densa, mais sutil, mais diáfana, fenômeno que se dá pela ação da Força nos agregados de matéria que ela manipula. O fenômeno da diafanização acontece pela agregação e desagregação da matéria impulsionadas pela Lei de Atração e Repulsão.

Trajetória evolutiva da parcela da Força A Matéria é inerte e não se transforma; por isto, não evolui. Ela é substituída ou transformada pela ação da Força. Sendo os agregados de matéria – corpos fluídico, etérico e físico – constituídos de matéria de diversas categorias/densidades, agregados pela ação da parcela da Força para a formação destes, podemos concluir que: os agregados de matéria, da mesma forma que a Matéria que os compõe, também não evoluem, não se transformam. O que acontece pela ação da parcela da Força são os fenômenos da substituição e da transformação da matéria que compõe seus agregados fluídico, etérico e físico no ambiente em que a parcela da Força se encontra, de acordo com sua necessidade de evolução e em conformidade com as leis naturais, especificamente, com a lei de atração e repulsão. A parcela da Força, através do fenômeno da agregação e desagregação, realiza a substituição da matéria de seus agregados, ou seja, retira a matéria elementar de que necessita e que está depositada nos campos de manifestação da Força para a composição de seus agregados de matéria e devolve estas mesmas matérias, quando não mais necessita delas, aos campos de manifestação da Força, repositórios de onde elas foram retiradas e onde ficarão disponíveis para serem utilizadas por outras parcelas da Força, para a composição de seus agregados e para a realização de inúmeros fenômenos físicos e metafísicos de que necessita a parcela da Força para sua evolução.


Relação Força e Matéria

Relação Força e Matéria São grandezas que se apresentam inversamente proporcionais. À proporção que as manifestações inteligentes da parcela da Força vão aumentando, a densidade material vai diminuindo, ou seja, a matéria de que se serve a parcela da Força torna-se menos densa, mais diáfana, pela ação desta mesma parcela da Força. À medida que a Força se desenvolve cresce em atributos, faculdades e habilidades, e a matéria que ela organiza, incita e movimenta vai sendo diafanizada, ou seja, por ação da Força a matéria que compõe seus agregados vai sendo substituída, trocada, por outra mais sutil, menos densa. A relação Força e Matéria é ilustrada na figura Trajetória Evolutiva da Parcela da Força. Em escalas, o eixo F - vertical - representa a evolução da parcela da Força e o eixo M - horizontal - representa a diafanização da Matéria pela ação da Força à medida que esta se desenvolve. Vamos considerar para análise e compreensão três pontos representados na curva - denominada hipérbole - que representa a relação inversamente proporcional entre duas grandezas, nesse gráfico, a relação inversa entre Força e Matéria durante a trajetória evolutiva da Parcela da Força em dimensões físicas e metafísicas.

Ponto P Este ponto de coordenadas (F, M) representa no gráfico o início da trajetória evolutiva da parcela da Força – inteligência – que nesta fase apresenta incipiente grau de evolução – intelectualidade, espiritualidade e habilidades pouco desenvolvidas. Por isto, os agregados de matéria que a parcela da Força organiza, incita e movimenta para seu desenvolvimento são de elevada densidade, pouco diafanizados.

Ponto P1 Ponto de coordenadas (F1, M1) mostra em escalas o quanto percorreu em sua trajetória evolutiva a parcela da Força demostrando considerável grau de evolução e consequentemente necessitando para dar expansão aos seus atributos, faculdades e habilidades, passar a operar agregados de matéria mais diáfana, mais sutil, menos densa.

Ponto Pn Neste ponto de coordenadas (Fn, Mn) a parcela da Força, dando saltos qualitativos cada vez mais expressivos, alcançou grau elevado de evolução por aprimorar-se intelectual, moral e espiritualmente, desenvolvendo-se inúmeras habilidades. Por isto, para poder expandir e demonstrar todo seu potencial psíquico tem a necessidade de animar seus agregados de matéria que são de sutilíssima diafaneidade. O ponto Pn representa patamar onde a parcela da Força encontra-se em campos elevados da espiritualidade e à medida que caminha, contínua e ininterruptamente, em sua trajetória evolutiva, tendendo ao infinito, a curva que representa esta evolução cada vez mais tangencia o eixo F - vertical - que representa a evolução da parcela da Força. Observa-se que, inversamente proporcional, a Matéria que a parcela da Força anima, torna-se cada vez menos densa, mais diáfana, por ação desta mesma Força, tendendo a anular-se definitivamente, ou seja, conforme representado em escala no gráfico, tendendo igualar-se a zero.

Questão instigante Se a evolução não cessa, o Universo está em constante expansão e as parcelas da Força (Inteligências) em contínuo e ininterrupto movimento evolutivo, desenvolvendo-se cada vez mais rumo ao modelo da perfeição, pode-se inferir que a curva representada no gráfico, que ilustra a trajetória evolutiva da parcela da Força, em algum momento desta trajetória tocará o eixo F – vertical – fazendo com que a Matéria ou agregado de Matéria, cada vez mais diafanizados, pela ação contínua da parcela da Força, venham a anular-se definitivamente?

São questões instigantes que nos induzem à reflexão e a mergulhar com agudeza de percepção e compreensão no campo das possibilidades, das hipóteses, pois no estágio de evolução que nós, espíritos encarnados, nos encontramos ainda não possuímos lucidez intelectual e maturidade espiritual suficientes para, como bons entendedores, podermos produzir respostas precisas, consistentes e irrefutáveis a questões de caráter transcendente.

(O autor é professor universitário, militante da Filial Patrocínio, BH-MG)
Publicado no jornal A Razão, edição de maio de 2016.

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